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  • Post que acusa Lulinha de embolsar fortuna omite dados e deturpa contexto A informação de que uma “delação bomba” teria revelado que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embolsou R$ 317 milhões voltou a circular nas redes sociais depois da confirmação da candidatura do petista à presidência na convenção do PT realizada em 4 de agosto. O texto que agora viralizou foi publicado no dia 4 no site “News Atual” e replicado em outras páginas, mas ele omite informações e deturpa o contexto. A publicação acusa o filho de Lula de ter recebido sozinho o que, na verdade, é o total que entrou em contas bancárias da Gamecorp, empresa da qual ele é sócio, entre 2005 e 2016. A delação a que o título da suposta notícia se refere não é mencionada no corpo dela. E não houve delação recente com esse tipo de acusação. Versões desse mesmo texto circulam desde 2016. Na época, sim, Lulinha e Gamecorp foram citados na delação de Roberto Trombeta, contador ligado à montadora Caoa. Em um acordo de colaboração premiada, firmado em abril de 2016, ele afirmava ter feito pagamentos de R$ 300.000 do Grupo Caoa para a Gamecorp, como veiculou o portal “G1”. Trombeta teve sua colaboração colocada em sigilo de Justiça após descumprir sua parte do acordo. A informação foi confirmada junto ao Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Trombeta foi condenado em maio de 2018 na Operação Lava Jato. Já o grupo Caoa é alvo da Operação Acrônimo, braço da Zelotes, que também investiga o ex-presidente Lula. O texto replicado neste mês omite que os relatos foram feitos em 2016 e cita um laudo técnico da Polícia Federal, parte de um dos inquéritos derivados da Operação Aletheia, a 24ª fase da Lava Jato, que mirou Lula naquele ano. A Gamecorp e Fábio Luís foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta operação, mas não constam como réus em nenhum dos processos da Lava Jato na primeira instância. O laudo analisou 12 contas bancárias da Gamecorp. O valor de R$ 317 milhões corresponde ao total que entrou nestas contas entre 7 de janeiro de 2005 e 16 de fevereiro de 2016. As saídas neste período chegaram a R$ 321 milhões. O laudo não apresenta, porém, conclusões sobre possíveis irregularidades cometidas nas movimentações financeiras da empresa. Além disso, a Polícia Federal também elaborou um laudo pericial sore o patrimônio de Fábio Luís. No período entre 2004 e 2014, semelhante ao avaliado na Gamecorp, Lulinha teve cerca de R$ 5,2 milhões de rendimentos brutos - aproximadamente R$ 3,8 milhões foram oriundos da distribuição de lucros da empresa G4 Entretenimento e Tecnologia, também de sua propriedade. A conclusão da perícia é de que a evolução patrimonial foi compatível com as sobras financeiras e que não havia irregularidades nas movimentações. As outras informações citadas no texto recente também foram retiradas de contexto e são colagens de notas publicadas na internet sobre a Lava Jato. A publicação tem, portanto, contexto errado e revela-se enganosa. O conteúdo foi verificado pelo UOL e outros integrantes do projeto Comprova: “Gazeta do Povo”, “Correio do Povo”, “Veja”, “O Estado de S.Paulo”, “Poder360” e “GaúchaZH”. O Comprova é um projeto integrado por 40 veículos de imprensa brasileiros que descobre, investiga e explica informações suspeitas sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Envie sua sugestão de verificação pelo WhatsApp no número 11 97045 4984. ID: {{comments.info.id}} URL: {{comments.info.url}} Ocorreu um erro ao carregar os comentários. Por favor, tente novamente mais tarde. {{comments.total}} Comentário {{comments.total}} Comentários Seja o primeiro a comentar Essa discussão está encerrada Não é possivel enviar novos comentários. Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar. Só assinantes do UOL podem comentar Ainda não é assinante? Assine já. Se você já é assinante do UOL, faça seu login. O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
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