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| - "Petistas nus" não invadiram manifestação pró-Bolsonaro em Nova York
Um vídeo que mostra um protesto a favor de Luiz Inácio Lula da Silva na Times Square, em Nova York (EUA), e do outro lado da aglomeração, numa área isolada por barreiras, um grupo de pessoas nuas, ganhou força no Twitter nos últimos dias. Um dos tweets sugere uma relação entre os dois atos e que eles foram feitos para tumultuar uma manifestação pró-Jair Bolsonaro que era realizada no local. Os “pelados” não faziam parte, entretanto, de nenhum ato partidário, mas de um evento de naturismo.
O vídeo enganoso reproduzido em contas no Twitter afirma que pessoas sem roupa participaram do ato pró-Lula. "Que absurdo, o pessoal do Lula trouxe a galera pelada aqui na Times Square, em Nova York", diz o autor. Uma dos posts diz que "petralhas pelados invadem manifestação pró-Bolsonaro em NY".
Manifestantes fizeram um ato de apoio ao ex-presidente Lula no último dia 2, em Nova York. A concentração ocorreu em um ponto da Times Square, coincidindo com as celebrações do "Brazilian Day 2018" e com atos em apoio a Bolsonaro.
No mesmo dia, aconteceu no local o evento "Ultimate Freedom Concert", promovido pelo músico e militante naturista Ton Dou. A apresentação do artista foi anunciada com a proposta de promover a nudez como um direito humano natural e isento de sanções penais. Não há qualquer menção ao ex-presidente Lula na página de divulgação do evento.
Imagens da Time Square disponíveis no site EarthCam mostram que o ato naturista ocorreu em uma área cercada por grades, afastada de onde eram exibidas as faixas em apoio ao ex-presidente brasileiro.
Transmissões ao vivo e outros vídeos divulgados nas redes sociais verificados pelo projeto Comprova confirmam que as manifestações em apoio a Lula e a Bolsonaro ocorreram ao mesmo tempo, nos arredores da popular escadaria vermelha da Times Square. O Comprova não encontrou evidências de que houve algum tipo de confronto no local.
Uma das publicações enganosas teve mais de 500 retweets e 1,4 mil curtidas. E o vídeo já contava com mais de 38 mil visualizações até esta quinta-feira (6).
O material foi verificado pelo “Jornal do Commercio”, “Gazeta do Povo” e “NSC Comunicação”, além de “SBT”, UOL, “Jornal do Commercio”, “Poder360” e “Gazeta Online”, todos integrantes do Comprova.
O Comprova é um projeto integrado por 40 veículos de imprensa brasileiros que descobre, investiga e explica informações suspeitas sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Envie sua sugestão de verificação pelo WhatsApp no número 11 97045 4984.
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