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  • “Governo português ‘fura‘ bloqueio à Rússia“, acusa a publicação em causa, no que parece ser uma tentativa de demonstrar o incumprimento por parte de Portugal das recentes sanções aplicadas à Rússia pela União Europeia. “A REN – Redes Energéticas Nacionais, empresa de capitais maioritários chineses, que detém a distribuição de eletricidade e gás em Portugal, vai ‘furar’ o bloqueio imposto à Rússia por Bruxelas – Comissão Europeia – com o aval do Governo português. Esta semana vai chegar ao Porto de Sines um navio com gás vindo da Rússia para alimentar o gasoduto do oeste da Europa”, descreve-se no texto. O navio, denominado como “Vladimir Vize”, “transporta gás natural liquefeito (GNL) e tem chegada prevista a Sines na próxima sexta-feira, 2 de março [Sic]. Será a primeira descarga de gás russo em Portugal”. A informação divulgada no post foi copiada, em parte, de uma notícia. No dia 28 de fevereiro, o jornal “Expresso” informou que Portugal iria voltar a receber gás natural da Rússia na próxima sexta-feira, dia 4 de março (e não 2 de março, como se indica erradamente na publicação). “Depois de quatro meses sem receber gás russo, o terminal de Sines voltará, esta semana, a acolher um navio proveniente da Rússia, na primeira descarga de gás desta origem desde que a Ucrânia foi atacada e a Rússia alvo de um conjunto de sanções económicas. O navio chama-se ‘Vladimir Vize’, transporta gás natural liquefeito (GNL), e tem chegada prevista a Sines na próxima sexta-feira, 4 de março. Será a primeira descarga de gás russo em Portugal em mais de três meses”, lê-se no artigo. Tal como o Polígrafo já verificou, Portugal não tem uma grande dependência da energia russa, ao contrário de muitos outros países da União Europeia. Em Portugal, a taxa de dependência de petróleo bruto, gás natural e combustíveis sólidos rondou, em 2019, os 74%, sendo que no ano de 2000 era superior a 85%. Tal como informa este boletim do Eurostat, a União Europeia depende principalmente da Rússia para as importações dos três tipos de energia, sendo a Noruega o segundo principal fornecedor de petróleo bruto e gás natural. Em 2020, e segundo esta infografia do Eurostat, o gás natural importado por Portugal tinha origem maioritária na Nigéria, seguida pelos Estados Unidos da América (EUA) e só depois pela Rússia. O cenário é parecido para países como a Alemanha, a França e a Itália, onde a Rússia estava pelo menos nas três primeiras posições de fornecedores de gás natural em 2020. Ainda assim, é um facto que em Portugal o gás proveniente da Rússia representava, em 2020, apenas cerca de 9,7% de todas as importações. Na verdade, quase 54% do gás natural importado por Portugal vem da Nigéria, o principal fornecedor do país também em 2019. Com apenas 19% do peso das importações portuguesas estão os EUA que são, como já referimos, seguidos pela Rússia, lado a lado com a Argélia. De acordo com dados da REN, citados pelo jornal “Expresso”, outubro foi o último mês em que o sistema nacional de gás natural recebeu gás russo. Nesse mesmo mês, 26,5% do gás natural importado por Portugal veio da Rússia, 50,7% da Nigéria e 14,6% dos EUA. Importa notar que o navio em causa saiu do Porto de Sabetta, na península de Yamal, Norte da Rússia, a 23 de fevereiro. Nesse dia, Vladimir Putin preparava-se para dar a ordem de invasão da Ucrânia e o Conselho Europeu chegou a acordo sobre um primeiro pacote de sanções em resposta ao reconhecimento, pela Rússia, das zonas não controladas pelo Governo ucraniano das províncias de Donetsk e de Lugansk como entidades independentes. A guerra começou às 3h30 de 24 de fevereiro. Cerca de 12 horas depois, a Ucrânia contabilizava 203 ataques militares. No dia seguinte, 25 de fevereiro, a União Europeia decidiu congelar os bens de Putin, Presidente da Federação Russa, e de Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros. Só no dia 28 de fevereiro é que o Conselho da União Europeia aprovou a proibição da realização de transações com o Banco Central da Rússia, um pacote de apoio no valor de 500 milhões de euros para financiar o fornecimento de equipamento e material às Forças Armadas ucranianas, a proibição de sobrevoo do espaço aéreo da UE e de acesso aos aeroportos da União Europeia por transportadoras aéreas russas de todos os tipos e a aplicação de novas sanções a pessoas e entidades. Das sanções a aplicar pela União Europeia não constam quaisquer bloqueios navais e, aliás, o gás natural é uma das principais ameaças geopolíticas da Rússia. O que é que isto significa? Que é Putin quem pode limitar o fornecimento de gás natural russo à Europa, que representa cerca de 41% do total de importações. Ou seja, este é um alerta não justificado e que carece de bases factuais. Não, o Governo português não irá desrespeitar nenhuma sanção imposta pela União Europeia ao receber gás proveniente da Rússia. Além disso, o navio partiu de Sabetta a 23 de fevereiro, quando os avisos de Putin já existiam mas não tinham sido oficializados. De resto, segundo reporta o “Expresso”, os “dados do Porto de Sines indicam que o navio tem chegada prevista para a madrugada de sábado, 5 de março, às 0h01, mas as informações de várias plataformas de monitorização de navios (como o ‘Vessel Finder’ e o ‘Marine Traffic’) adiantam que o ‘Vladimir Vize’ deve chegar a Sines ainda na sexta-feira, 4 de março”. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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