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  • A criança que aparece dormindo em uma bandeira do Brasil estendida no chão, em foto que viralizou como “símbolo da vergonha”, não estava entre os detidos pela Polícia Federal após a onda de violência e depredação em Brasília no dia 8 de janeiro, ao contrário do que sugerem publicações nas redes sociais. A imagem foi registrada em julho de 2022, durante a convenção do PL que lançou a candidatura à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até esta segunda-feira (16), a publicação desinformativa havia alcançado ao menos 775 mil visualizações e centenas de compartilhamentos no Facebook, 80 mil visualizações e 4.000 curtidas no Instagram, além de circular também no Kwai e no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima). Campo de concentração jamais será esquecido na memória do povo brasileiro que pedia NÃO AO COMUNISMO Publicações nas redes compartilham a foto de uma criança, deitada sobre a bandeira do Brasil, como se mostrasse o ginásio da Polícia Federal para onde foram encaminhadas as pessoas detidas por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, o que é falso. A foto, na verdade, foi publicada por um usuário no Twitter na manhã de 25 de julho de 2022. No dia anterior, houve a convenção do PL (Partido Liberal) que lançou a candidatura à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ). Detidos. De acordo com a Polícia Federal, havia crianças entre as 1.843 pessoas conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal para a Academia Nacional da PF após a onda de violência na praça dos Três Poderes. De acordo com a corporação, os pais e mães com crianças tiveram prioridade no atendimento, assim como idosos, pessoas com problemas de saúde ou em situação de rua — o que totalizou 684 pessoas, soltos no dia 11 e que responderão em liberdade. A PF informou que qualificou, interrogou e prendeu 1.159 pessoas. Elas foram entregues para a Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pelo encaminhamento ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional. Elas são investigadas por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, entre outros. O Conselho Tutelar do Distrito Federal atendeu 20 famílias que estavam com crianças quando foram detidas no Quartel-General do Exército, em Brasília, na segunda-feira (9). Não há relato de que pessoas passaram fome, ao contrário do que afirmam publicações enganosas nas redes sociais. A PF afirmou que durante toda a ação, os detidos receberam alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar) e hidratação e tiveram acesso a equipes médicas, caso fosse necessário. Na sexta-feira (13), um pedido de investigação contra os pais e responsáveis que expuseram crianças e adolescentes a situações de vulnerabilidade durante os atos golpistas foi encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público do Distrito Federal.
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