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  • Os manifestantes vestem manga curta e erguem bandeiras de Portugal ou do partido Chega, naquela que aparenta ser a Praça do Município, em Lisboa, onde se encontra a sede da Câmara Municipal de Lisboa. “Hoje somos muitos. Amanhã seremos milhões”, lê-se num dos cartazes visíveis na imagem enviada ao Polígrafo por um leitor. Num outro, de autenticidade duvidosa, vê-se António Costa, um bocal de abastecimento de combustível e a frase “é tudo para o ladrão!” Dedos cortados nas laterais do cartaz indicam que este pode ter sido inserido digitalmente na fotografia em questão. Por não ser, também, condizente com o período mais recente de alterações ao preço dos combustíveis, verificamos se se trata ou não de um registo autêntico e representativo de uma manifestação contra o aumento destes produtos. Os factos reunidos pelo Polígrafo mostram que a imagem original, sem adulterações, foi divulgada na página de Twitter do canal de apoio ao partido Chega, a “Chega TV“, a 2 de agosto de 2020. “Imagem da manifestação de hoje do Chega em Lisboa. Viva André Ventura. Viva o partido Chega”, lê-se na descrição do “tweet”. Recuando a agosto de 2020 verifica-se que o registo foi feito na manifestação promovida pelo Chega no domingo, 2 de agosto, em Lisboa, em que se afirmava que “Portugal não é racista“. As palavras de André Ventura durante a marcha que terminou na Praça do Município ecoaram nas redes sociais: “Em Portugal não há racismo estrutural. O fantasma da hipocrisia sobre o racismo não continuará a vingar.” “Nós somos um país muito peculiar em que sempre que acontece qualquer coisa mais trágica, como foi o caso do ator Bruno Candé, nós temos sempre o fantasma do racismo a assolar-nos”, afirmou Ventura, garantindo que o seu partido não aceita que o “racismo seja desculpa para tudo” e que embora queira que as minorias tenham direitos, elas têm igualmente de ter “deveres”. A manifestação aconteceu pouco mais de um mês depois da morte do ator Bruno Candé Marques, cujo responsável, um homem de 76 anos, foi acusado do crime de homicídio qualificado e agravado por ódio racial e posse de arma ilegal. Na sequência do ocorrido, vários manifestantes juntaram-se em Lisboa nos dia 31 de julho e 1 de agosto para protestar contra o racismo em Portugal, mas a intenção de Ventura, apenas um dia depois, era outra: “Nós queremos, sobretudo, dizer que Portugal não é um país racista”, embora, admitiu o líder do Chega, aconteçam alguns “episódios racistas”. Em suma, a imagem enviada ao Polígrafo foi manipulada para que se assemelhasse a uma manifestação recente do Chega contra a subida do preço dos combustíveis, que de resto aconteceu, a 15 de março deste ano, mas reuniu apenas cerca de 70 pessoas, com os já conhecidos “coletes amarelos”, perto da residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. “Neste momento, eu acho que não há outro caminho. Do ponto de vista económico, do ponto de vista da política económica e fiscal de um país moderno, acho que não há outra hipótese senão esta: baixar impostos“, declarou Ventura aos jornalistas. Ainda assim, e tal como o Polígrafo já verificou, o que é certo é que, quando a Proposta de Lei n.º 109/XIV/2.ª, que “cria a possibilidade de fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples”, foi apresentada pelo Governo e, consequentemente, submetida a votação, a mesma foi aprovada com votos favoráveis do PS, do BE, do PCP, do PAN, do PEV e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira. Do outro lado e com votos contra estiveram o CDS-PP, o Chega e o Iniciativa Liberal, tendo os sociais-democratas optado pela abstenção. Esta proposta, em vigor desde 7 de outubro deste ano, permitiu ao Governo passar a intervir com a “fixação de margens máximas em todas as componentes das cadeias de valor de gasolina e gasóleo simples e de GPL engarrafado, assegurando a disponibilidade de uma ferramenta para dar resposta adequada e proporcional a eventos de distorção no mercado nos combustíveis essenciais à vida dos consumidores e das empresas”. “O que faz sentido é baixar os impostos sobre os combustíveis em vez de estarmos a criar artimanhas dia após dia. O Governo não baixa [impostos sobre os combustíveis] porque para se dar no IRS alguma coisa dizendo que se está a baixar alguma carga fiscal tinha de se ir buscar a algum lado, e por isso teve de se ir buscar aos combustíveis. É o que está a acontecer neste Orçamento, estão a tirar de um lado para compensar o que estão a dar no outro. Baixar um cêntimo por litro é gozar com as pessoas”, reiterou ainda Ventura. _________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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