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| - “O coronavírus teve origem na cidade de Wuhan, na China, e agora chegou a todos os cantos do mundo: Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Brasil e Índia. Mas este vírus não atingiu a capital da China, Pequim, que fica a 1.052 quilómetros de Wuhan, nem a capital económica, Xangai, perto de Wuhan. Porquê? Algo está errado“, descreve-se numa das publicações em causa.
De resto, questiona-se: “Pequim é a cidade onde todos os líderes da China vivem, os líderes militares e aqueles que controlam o poder da China moram aqui. E a Covid-19 não tem efeito aqui porquê?”
Mais à frente no texto alega-se que o novo coronavírus é uma “arma biológica criada pela China“.
Verdade ou falsidade?
De acordo com o mapa de dados criado pela Whiting School of Engineering da universidade norteamericana Johns Hopkins, a cidade de Xangai regista, até ao momento, 538 casos de infetados com a Covid-19. A capital Pequim, por sua vez, conta com 587 casos confirmados no total. Quanto às mortes, até à data, contabilizam-se seis e oito, respetivamente.
Outra fonte credível: de acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), até ao dia 15 de março, contabilizavam-se 400 casos de infetados e quatro mortos em Pequim e 336 casos e três mortos em Xangai.
A área mais afetada continua ainda a ser a província de Hubei, com mais de 67 mil casos confirmados e 3 mil mortes até ao dia de hoje. Porém, já são mais de 64 mil os doentes recuperados.
Quanto à origem do vírus, a teoria defendida no texto também não tem fundamento: segundo um estudo publicado pela revista “Nature Medicine”, há pistas no genoma e na estrutura molecular do novo coronavírus que comprovam a sua origem natural. Adianta-se ainda que foi transmitido de um animal para um humano e que não houve qualquer intervenção humana.
Em suma, as alegações veiculadas na publicação não passam de teorias da conspiração sem qualquer sustentação factual ou validade científica.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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