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| - Quais são os discos mais populares? Tempos houve em que a resposta era óbvia: são os mais vendidos – os CDs, os LPs, as cassetes. E as tabelas de popularidade assim eram feitas, com base nas vendas de objetos físicos, até que chegou a era digital e… tudo mudou. A forma de distribuir e de consumir música sofreu uma alteração radical e o método para aferir a popularidade de uma canção ou de um disco já não podia ser a venda de discos físicos.
A Billboard, historicamente um dos barómetros mais fiáveis e seguidos para aferir a popularidade de um disco ou canção, adaptou-se e desde o início de 2020 passou a considerar, para a construção da tabela de álbuns Billboard 200, o streaming de vídeos de música na plataforma YouTube mas, também, vídeos das plataformas “Apple, Spotify, Tidal e Vevo”, anuncia a própria Billboard.
“A inclusão do vídeo na tabela Billboard 200 acontece 5 anos depois da chegada do streaming de áudio, concluindo a mudança da tabela de pura medição das vendas para um modelo de consumo”, esclarece a Billboard. O streaming da audio, de acordo com a Forbes, “já representa 80% das receitas da indústria da música”.
Silvio Pietroluongo, vice-presidente para o desenvolvimento de dados e tabelas da Billboard sublinha esta nova realidade: “com o vídeo a representar uma cada vez maior proporção do consumo de música em algumas das maiores plataformas do mundo, a inclusão do YouTube, e do vídeo, de uma forma geral, na tabela Billboard 200 é o próximo avanço natural para as nossa tabelas de álbuns”.
O YouTube é, neste domínio, o rei e a peça fundamental para as contas da tabela Billboard. Escreve o New York Times que “o YouTube, detido pela Google, é, de acordo com a maioria das estimativas, o destino online mais popular para a música em todo o mundo. De acordo com a Midia Research [empresa de análise de dados e pesquisa especializada em música, vídeo e media], que estuda os meios digitais, 55% das pessoas que fazem streaming de música utilizam o YouTube. Enquanto todos os serviços de streaming de áudio gratuitos – como o Spotify ou Pandora, que também têm serviços pagos – atraem apenas 37% do mercado”.
Avaliação do Polígrafo:
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