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| - “Aqui está plasmada uma afirmação de um animal (supostamente racional) que tenta fazer de todos nós burros. A representação de animais no presépio será motivo para que este deputado pago por todos nós venha a pôr em causa este assunto tão importante para o partido PAN…?! Fantástico. Que país é este, que gente é esta, que utiliza este dislate a troco de umas linhas escritas nos “media”? Onde está o bom senso de um indivíduo que ocupa o lugar de deputado na Assembleia da República? Fica com este exemplo bem demonstrado a quem o povo português está politicamente entregue”, lê-se no texto em questão.
Ao texto anexa-se um artigo do jornal “Notícias ao Minuto”, com o seguinte título: “Animais em presépios? ‘Não é aceitável e é completamente desnecessário'”.
É a alegação propagada pelas redes sociais verdadeira?
O artigo do jornal “Notícias ao Minuto” remete para uma publicação feita por André Silva no seu perfil de Facebook a propósito de presépios vivos. O deputado do PAN em nenhum momento se referiu a presépios tradicionais. Na verdade, a crítica do líder do PAN era dirigida ao programa “A Noite de Cristina” onde, a 19 de dezembro, esteve uma vaca. O bovino irrompeu pelo estúdio sem que ninguém o conseguisse controlar de imediato, um assunto que gerou polémica nas redes sociais.
“O que se passou num programa televisivo na noite de ontem foi mais um exemplo de sujeição de animais a contextos que lhes são estranhos e inadequados, e que violam o seu bem-estar”, começou por escrever o líder partidário na sua página de Facebook.
“O que se passou num programa televisivo na noite de ontem foi mais um exemplo de sujeição de animais a contextos que lhes são estranhos e inadequados, e que violam o seu bem-estar”, começou por escrever o líder partidário na sua página de Facebook.
“A sujeição de um bovino habituado a estar em regime extensivo a uma deslocação forçada para um local desconhecido que não lhe fornece as mínimas condições para que expresse os seus comportamentos naturais, onde irá ser constantemente agredido pelo ruído extremo, pelas luzes intensas, pela falta de locais de refúgio e sem respeito pelos seus horários e necessidades, não é aceitável e é completamente desnecessária”, defendeu o deputado.
André Silva sublinhou ainda que os animais “não são coisas” e que são “seres sacientes”. “As sensações como a dor ou a agonia, ou as emoções, como o medo ou a ansiedade, são estados subjetivos próximos do pensamento e estão presentes na maior parte das espécies animais, nos bovinos de certeza”, escreveu, para rematar o texto com uma convicção: “se a criança ou outra pessoa tivessem sido feridas, já sabemos que a culpa seria da vaca”.
Em conclusão, é falso que André Silva defenda que não devam ser representados animais nos presépios. A sua crítica incidia nos presépios vivos, com animais reais.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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