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| - “Consultas de urologia e cardiologia, no SNS, têm lista de espera de cinco anos”, destaca-se na mensagem da publicação em causa, datada de 29 de outubro. A centenas de partilhas no Facebook e mostra uma imagem da ministra da Saúde, Marta Temido.
Esta alegação é verdadeira ou falsa?
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) enviou ao Polígrafo os dados mais recentes no que concerne ao tempo médio de espera para consulta hospitalar nas duas especialidades.
A ACSS indica que os tempos médios de espera apresentados resultam da “monitorização de acesso à primeira consulta de especialidade hospitalar referenciada a partir de cuidados de saúde primários, ao abrigo da Portaria nº 153/2017 de 4 de maio“.
Na tabela que se segue podem ser consultados os tempos médios de espera, registados em outubro de 2020 para as consultas de urologia e cardiologia. Os dados estão distribuídos pelas respetivas administrações regionais de Saúde e consoante o nível de prioridade atribuída na triagem para consulta.
Verifica-se que nenhuma das especialidades, em nenhuma das regiões, regista um tempo médio de resposta ao pedido de consulta que se aproxime sequer dos alegados cinco anos.
O maior período de espera regista-se na Administração Regional de Saúde do Algarve, nas consultas de especialidade de urologia com nível normal de prioridade atribuída: 922 dias (em média), o que equivale a cerca de dois anos e meio.
Calculando a média nacional, um utente com prioridade normal terá que aguardar cerca de 151 dias por uma consulta de cardiologia, o equivalente a cinco meses. Já um paciente encaminhado para a especialidade de urologia (com prioridade normal) enfrenta um período médio de 325 dias de espera.
Assim é falsa a alegação de que as consultas de especialidade de urologia e cardiologia no SNS têm uma lista de espera de cinco anos.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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