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  • “Há uma ‘epidemia da corrupção’ na sociedade portuguesa” é a frase escrita numa das várias partilhas nas redes sociais. Além da citação, é incluída uma fotografia do antigo Presidente da República e a indicação do ano de 2019. O Polígrafo já analisou por diversas vezes citações atribuídas ao general Ramalho Eanes, contudo nem sempre se verificou a autenticidade dessas declarações. Neste caso, a frase foi mesmo proferida por Eanes? Sim. No dia 24 de junho de 2019, Ramalho Eanes proferiu um discurso no âmbito de uma conferência sobre “Portugal: As crises e o futuro”, na Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), em Lisboa. Traçando um retrato do país, o antigo Presidente da República considerou que há “uma epidemia de corrupção que grassa na sociedade portuguesa”. Na altura, Eanes afirmou que Portugal enfrenta uma crise que atravessa as principais dimensões sociais do país: da política à administração pública, passando pelas Forças Armadas e pela sociedade civil. “Os critérios do saber, da competência e do mérito foram, por vezes, substituídos pela fidelidade partidária, solidariedade e interesses vários. Aqui em muito radica, em minha opinião, a epidemia da corrupção que grassa na sociedade portuguesa, que debilita a confiança social e que contribui para a sua degradação em paralelo com um sentido crítico que, felizmente, tem vindo a crescer”, sublinhou. Na opinião do antigo Presidente da República, esta “epidemia de corrupção” é alimentada por uma “cultura de complacência, mas também pelo sistema partidário e por um arco do poder — PS e PSD, mas também ocasionalmente o CDS” — que “colonizou” a administração pública. Revelou-se também muito crítico para com a atuação dos vários partidos em Portugal, que pouco mudaram desde o tempo em que fundaram o atual regime político. “Não há uma crise da democracia nem do regime mas há uma crise da representação”, pois os deputados são no Parlamento “mais delegados dos partidos do que representantes dos eleitores”. Ou seja, concluiu, “muitos eleitores não se sentem representados no poder político”. “O problema da corrupção é muito complexo. Em Portugal, tem sido dito, e acho que com alguma razão, que a sociedade civil não é forte e autónoma perante o Estado e devia sê-lo. As empresas deviam ser autónomas perante o Estado. O Estado estabelece as regras, vê se são respeitadas e atua quando não são, mas não estabelece com as empresas determinadas relações que são relativamente perversas. As relações em que a empresa consegue determinadas benesses, favores, isso é um género de corrupção”, acrescentou. Para Ramalho Eanes, o rumo poderá ser alterado quando a sociedade civil for mais “autónoma” e “as empresas não tenham dificuldades burocráticas porque a nossa administração pública responde com prontidão, a justiça não demora quando houver uma fiscalização sobre aquilo que são os atos do parlamento”. Num discurso de quase duas horas, Eanes destacou, no entanto, que “houve alterações significativas”, pois “a sociedade civil era maioritariamente inculta, ignorante” e “hoje é maioritariamente culta, informada, cosmopolita”. “Começa a ter todas as condições para transformar o seu procedimento e relação com o poder político“, defendeu. Outras frases atribuídas a Ramalho Eanes e verificadas pelo Polígrafo: – Ramalho Eanes disse que “abril ofereceu as liberdades mas esqueceu-se de criar cidadãos”? Verdadeiro. – Ramalho Eanes disse que “o nosso problema” é que “os grandes ladrões governam o país”? Falso. – Ramalho Eanes cede ventilador a “jovem que precisar” e Rebelo de Sousa toma vacina que “não há para todos”? Impreciso. – O general Ramalho Eanes apelou à desobediência civil contra “os grandes ladrões que governam o país”? Falso. – Ramalho Eanes recusa prioridade na vacina e prefere “esperar pela sua vez como octogenário”? Verdadeiro. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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