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| - Datada de 26 de novembro, a publicação em causa no Facebook apresenta um gráfico com dados sobre a evolução do “capital em dívida” e da “taxa de juro“, entre outubro de 2019 e outubro de 2022, com a seguinte legenda: “Capital Médio em dívida (euros, escala da esquerda) e Taxas de Juro implícitas (%, escala da direita) para a totalidade dos contratos.”
A variável do “capital em dívida” tem vindo a subir constantemente desde outubro de 2019, ao passo que a “taxa de juro” foi decrescendo até abril de 2022 e iniciou então uma trajetória muito acentuada de crescimento, chegando mesmo a ultrapassar a primeira variável já em outubro de 2022.
“Nos últimos meses tem-se verificado um aumento significativo do valor médio da prestação do crédito à habitação, com taxas de variação homóloga superiores às do Índice de Preços no Consumidor. Com efeito, em outubro de 2022 a prestação média para a finalidade ‘aquisição de habitação‘ foi 18,7% superior à do mês homólogo, enquanto o IPC registou uma taxa de variação de 10,1%”, salienta-se no texto.
Estes dados foram recolhidos a partir do último boletim sobre “Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação” do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado no dia 23 de novembro de 2022.
“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 1,328% em outubro, subindo 18,4 pontos base (p.b.) face a setembro (1,144%). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 1,775% em setembro para 2,061% em outubro. No mês em análise, o capital médio em dívida aumentou 424 euros, fixando-se em 61.513 euros. A prestação média fixou-se em 279 euros em outubro, traduzindo uma subida de 7 euros face a setembro e 28 euros (11,2%) comparativamente com outubro de 2021. Nos contratos nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou 18 euros, para 489 euros”, informou o INE.
“A subida das taxas de juro nos últimos meses tem levado ao aumento significativo do valor médio da prestação do crédito à habitação. Em outubro de 2022 a prestação média para ‘aquisição de habitação‘ foi 18,7% superior à do mês homólogo, enquanto o IPC registou uma taxa de variação de 10,1%. Ainda assim, mais de 75% de contratos de crédito à habitação em vigor em outubro de 2022 tinham uma prestação entre 100 e 400 euros mensais e apenas 5% tinham uma prestação superior a 630 euros”, realça-se no mesmo documento.
Segundo apurou o INE, “a taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 1,328%, valor superior em 18,4 p.b. face ao registado no mês anterior. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 2,061%, o que traduz um aumento de 28,6 p.b. face a setembro. Para o destino de financiamento ‘aquisição de habitação’, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,342% (+18,2 p.b. face a setembro). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro aumentou 27,9 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 2,054%”.
Quanto às prestações, mais detalhadamente, “considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu 7 euros, para 279 euros. Deste valor, 69 euros (25%) correspondem a pagamento de juros e 210 euros (75%) a capital amortizado. Comparativamente com outubro de 2021, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros, para 489 euros”.
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Avaliação do Polígrafo:
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