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  • A verdade sobre as finanças de Luís Filipe Vieira cruza-se com a história de quatro bancos – BPN, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo e Novo Banco – e algumas negações. Oficialmente, não há qualquer admissão por parte do presidente do Benfica de que a sua situação financeira possa ser sensível. Existem, todavia, muitas notícias, datadas dos últimos cinco anos, que apontam nesse sentido. Daí, porventura, a afirmação de Ana Gomes, eurodeputada do PS, em entrevista ao Record na sua edição de 24 de março.. A socialista, é preciso sublinhar, falava a propósito do alegado envolvimento de Rui Pinto, pirata informático ligado ao caso Football Leaks, no roubo da correspondência interna do Benfica, quando divagou sobre Vieira em particular: “O Benfica é um dos grandes do futebol, o maior do nosso país em número de adeptos e um dos mais envoltos em acusações e em alegações de envolvimento em esquemas de corrupção. (…) Sabemos que o dirigente máximo do clube [Luís Filipe Vieira] está referenciado em várias listas de grandes devedores do país por vários empréstimos não pagos. Há todo um passado de delinquência ligado a essa pessoa”, afirmou. Ora, o nome de Luís Filipe Vieira está, efetivamente, vinculado à lista de grandes devedores de, pelo menos, dois bancos que, na prática, são um só: o antigo Banco Espírito Santo e o Novo Banco. Isto porque o montante em dívida passou de uma instituição para a outra, após a queda do banco liderado por Ricardo Salgado em 2014. Quando, há três anos, foi conhecida a lista dos maiores devedores do BES que passaram para o Novo Banco, o nome de Luís Filipe Vieira foi um dos mencionados. A Promovalor, empresa imobiliária e de construção do presidente dos encarnados (que hoje é gerida pelo filho, Tiago Vieira), devia então 466 milhões de euros ao banco. (Ao mesmo tempo, o Benfica tinha dívidas de 190 milhões de euros.) A dívida da Promovalor ao Novo Banco foi, entretanto, reestruturada. O Expresso noticiou, no início do ano passado, que o Novo Banco terá entregue os melhores ativos da Promovalor a um fundo gerido por Nuno Gaioso Ribeiro, com o objetivo de os explorar e rentabilizar no prazo de cinco anos. Em troca, recebeu um reforço das garantias. Todas estas informações indicam que Ana Gomes estava parcialmente correta na sua afirmação, na entrevista ao Record. Porém, a eurodeputada pode ter exagerado – ou entrado no campo da subjetividade – ao falar de “listas de devedores” no plural. Se é verdade que o nome de Vieira surge associado a notícias de dívidas com outras instituições financeiras, o Novo Banco (ex-BES) é a única em que Vieira consta da lista dos grandes devedores. Vejamos o caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Português de Negócios (BPN). Em janeiro de 2019, a auditoria da EY à CGD revelou uma lista de 46 créditos que prejudicaram o banco público. O nome de Luís Filipe Vieira apareceu, então, mais uma vez referenciado – mas ligeiramente fora de contexto. Numa notícia do Expresso, por exemplo, Vieira surge quando se fala da Obriverca, construtora que o presidente do Benfica ajudou a fundar e que colapsou há dois anos. Em 2015, a Caixa registava imparidades de 19,8 milhões relativos à Obriverca. Porém, o presidente do clube da Luz abandonou essa empresa em 2001, ou seja, há 18 anos. As dívidas eram da responsabilidade do seu antigo sócio, Eduardo Rodrigues. Já a meio do ano passado, Vieira viu o seu nome mais uma vez associado a um caso polémico da Caixa: uma alegada perda de 25 milhões de Euros por parte do banco público. Vieira detinha 50% do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Real Estate. Ao mesmo tempo, devia 31 milhões de euros ao banco do Estado. Para saldar a dívida, a CGD, em 2012, aceitou tomar posse da participação do também empresário, naquele fundo. O banco avaliou-a em 24 milhões e 500 mil Euros, o que significa que o presidente do Benfica teve de pagar, ainda, 6,5 milhões para fechar contas. Desde que a Caixa ficou com metade do fundo, este registou prejuízos todos os anos, 49 milhões de euros no total. No ano passado, a situação tornou-se incomportável. O Eurobic pediu insolvência – numa altura em que Vieira já nada tinha que ver com o negócio. Por sua vez, o caso do BPN é diferente. Em 2017, o presidente dos encarnados foi constituído arguido de um processo ligado ao antigo Banco Português de Negócios (hoje Banco BIC). Um dos alvos de investigação é a Inland, Promoção Imobiliária, uma sociedade anónima detida maioritariamente por Luís Filipe Vieira. O presidente do Benfica é suspeito de ter lesado o BPN em 23 milhões euros. “O único facto que confirmo é que fui constituído arguido, mas tudo foi devidamente esclarecido há cerca de três anos quando questionado no âmbito do processo”, garantiu por escrito Luís Filipe Vieira à Sábado. A investigação do Ministério Público a este caso ainda está a decorrer. “Um passado de delinquência” Além de acusar Luís Filipe Vieira de ter várias dívidas à banca, Ana Gomes afirmou também, na mesma entrevista, que o presidente do Benfica tinha “um passado de delinquência”. A que, em concreto, se referia a eurodeputada? Quiçá a uma notícia de agosto de 2001, publicada no semanário Independente. Naquele ano, o presidente dos encarnados foi condenado por roubo de um camião, num caso que remontava a julho de 1993. Vieira, juntamente com mais cinco arguidos, foi julgado no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa. Condenado a 20 meses de prisão, acabou por ser amnistiado. O presidente das águias planeou este crime para ajudar o amigo José Luís Gama, um industrial de Arganil. “Um caso de contas que não foram honradas, relacionado com uma cessão de quotas da empresa Transportes Internacionais de Mercadorias, Lda.”, lê-se no artigo assinado pelo então jornalista Pedro Guerra, atual comentador da TVI no programa “Prolongamento” e colaborador da Benfica TV. Na segunda-feira, fonte oficial do Benfica garantiu à SIC que, até esta data, o dirigente benfiquista “não foi condenado em nenhum processo na justiça” – o que é falso, tendo em conta o caso anterior. Avaliação do Polígrafo:
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