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  • “Os vacinados estão a criar as variantes”, afirma o autor de uma publicação partilhada no dia 15 de dezembro. O post inclui uma captura de ecrã que remete para um artigo publicado por um site de notícias falsas, “Getaway Pundit”, intitulado “O CDC confirma que 80% dos casos de Covid-19 causados pela variante Ómicron nos EUA são indivíduos totalmente vacinados – e 33% receberam doses de reforço!”. Afinal, quais são as conclusões do relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC)? O artigo citado na publicação remete para um dos relatórios semanais das autoridades de saúde dos Estados Unidos. Neste em particular, partilhado no site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, no dia 10 de dezembro, conclui-se que a maioria dos 43 casos Covid-19 causados pela variante Ómicron – identificados nos Estados Unidos até à data – foram detetados em pessoas totalmente vacinadas, e um terço tinha recebido uma dose de reforço. Os especialistas do CDC dizem que desses 43 casos, 34 pessoas estavam totalmente vacinadas e 14 tinham recebido um reforço, embora cinco desses casos tenham ocorrido antes do período de início da proteção total (14 dias depois). Apesar dos números serem baixos, surgiram preocupações no que diz respeito à eficácia das vacinas contra esta variante. No entanto, as conclusões tiradas em algumas publicações, que dizem que “os vacinados estão a criar as novas variantes”, são falsas. Celso Cunha, virologista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT Nova), garante ao Polígrafo que as pessoas vacinadas não estão a criar novas variantes. O especialista explica que quantas mais pessoas vacinadas tivermos, mais preservada vai estar a população, uma vez que “estamos protegidos contra a doença grave”. Assim, mesmo que haja o risco de infeção, esta não vai ser tão grave porque, segundo Celso Cunha, “o nosso organismo está mais preparado para lutar contra o vírus que nos infeta, seja ele da variante A, B ou C. Aliás, nós vimos que até agora, todas as variantes que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou como ‘de preocupação’ surgiram em contextos de pessoas que não estavam vacinadas e em locais onde havia taxas de vacinação muito baixas.” E como surgem as novas variantes? O especialista do IHMT Nova clarifica que “durante o processo normal de replicação de qualquer vírus são feitos erros. Esses erros são designados por mutações, ou seja, são alterações na sequência do genoma [material genético] do vírus, neste caso do RNA do coronavírus”. Em princípio, os erros são aleatórios, mas quantos mais ciclos de replicação há, mais vezes se replicam as moléculas de RNA, maior é a probabilidade de acontecerem essas mutações. “Se houver menos vírus a replicar, vai haver menos mutações a surgir. Estas vacinas que estamos a usar agora ainda são as mesmas que foram preparadas inicialmente quando não havia variante Delta, nem Beta, nem Gama, nem nenhuma. Embora contra a Beta, a Alfa, a Delta também elas [as vacinas] já tivessem mostrado menos eficácia do que contra o vírus original, a eficácia ainda continuava a ser muito grande e vale a pena continuar a administrar estas e não fazer outras vacinas”, esclarece. De acordo com a OMS, é normal que os vírus mudem e evoluam à medida que se propagam entre as pessoas, ao longo do tempo. Quando estas alterações se tornam significativamente diferentes do vírus original, são conhecidas como variantes. Para identificar essas variantes, os cientistas estruturam o material genético dos vírus e depois procuram as diferenças entre eles para ver se houve alterações. Desde que a Covid-19 tem vindo a espalhar-se, surgiram e foram identificadas variantes em vários países. Quanto aos dados do relatório citado na publicação, James Lawer, médico infecciologista da Universidade do Nebraska, explica que a amostra do relatório é muito pequena e não pode representar o quadro completo. Além disso, na opinião do especialista, falta-lhe contexto crítico. “A grande maioria dos casos de Ómicron detetados até agora nos EUA têm estado relacionados com adultos que participam em viagens internacionais e domésticas”. Além disso, o documento indica que a maioria das pessoas teve apenas sintomas ligeiros, tais como tosse, congestão e fadiga, e uma pessoa foi hospitalizada durante dois dias. Outros sintomas relatados com menos frequência incluíam náuseas ou vómitos, falta de ar ou dificuldade em respirar, diarreia e perda de gosto ou cheiro. O CDC disse também que se espera que os sintomas sejam mais suaves nas pessoas vacinadas e naquelas que já estiveram infetadas pela Covid-19. Em suma, apesar dos dados apresentados na fotografia partilhada estarem corretos, afirmar que as pessoas vacinadas estão a criar as novas variantes é enganador. Além disso, o primeiro caso documentado de Ómicron foi detetado na África do Sul, mas não se sabe nada sobre a pessoa, inclusive se estava vacinada ou não. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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