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| - “Os ridículos e ineficazes testes PCR usam um swab (cotonete) impregnado de EA (óxido de etileno) que é altamente cancerígeno. A imposição de um teste cientificamente denunciado como uma farsa, complementa a tentativa de envenenamento populacional”, destaca-se numa publicação no Facebook, datada de 12 de dezembro de 2021.
O post remete para um artigo de um site brasileiro já identificado como disseminador de informações falsas sobre a pandemia de Covid-19.
A informação apresentada na publicação é igualmente falsa e circula desde que os testes de deteção da Covid-19 começara a ser utilizados em massa. Em abril de 2021, o Polígrafo já tinha realizado uma verificação semelhante, que classificou como falsa, relativa à presença de quantidades tóxicas de óxido de etileno nas zaragatoas utilizadas na testagem ao novo coronavírus.
É verdade que muitas das zaragatoas são esterilizadas com óxido de etileno, mas passam por um processo de descontaminação. O processo é extremamente controlado para que o gás seja removido dos produtos. Aliás, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA informa que “a esterilização por óxido de etileno é um método de esterilização importante que os fabricantes utilizam amplamente para manter os dispositivos médicos seguros“.
Em abril, Germano Sousa, antigo bastonário da Ordem dos Médicos e fundador do Centro de Medicina Laboral Germano de Sousa, disse ao Polígrafo que as zaragatoas desinfetadas com óxido de etileno “passam por um processo de descontaminação onde se aguarda que tudo aquilo seja eliminado” e só depois são embaladas. “Aliás, se houvesse óxido de etileno nas zaragatoas, os vírus eram destruídos”.
“Os resíduos que ficam na zaragatoa são tão pequenos que não têm o mínimo perigo para a saúde. Não há um único caso de contaminação nestas circunstâncias”, assegurou ainda.
Ao Polígrafo, no dia 29 de dezembro, fonte oficial do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde esclareceu que “o fabricante de dispositivos médicos é responsável por definir o método de esterilização adequado para o seu dispositivo médico tendo que dar cumprimento aos requisitos estabelecidos na Diretiva Europeia 93/42/CEE de forma a garantir a qualidade, segurança e desempenho dos dispositivos médicos”.
“Salienta-se que o óxido de etileno é um método de esterilização de dispositivos médicos, o mesmo é sujeito a uma avaliação rigorosa, considerando o fim a que os dispositivos médicos se destinam”, informa a mesma fonte.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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