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| - A publicação em causa já tem mais de 600 partilhas no Facebook. Nela garante-se: “Avisem os vossos filhos que se encontrarem uma criança que chora pela estrada, pelo passeio, etc… com uma morada na mão e lhes pede para acompanhá-la a essa morada, peguem nela e levem-na para o posto da polícia e não para essa morada.”
A explicação é que este “é um novo método de raptar as crianças e jovens pelas máfias de leste a operar em Portugal”. No final pede-se que se divulgue “para o bem de todos”.
A informação apresentada na partilha está correta?
Contactada pelo Polígrafo, a Guarda Nacional Republicana (GNR) informou que “não tem registo de qualquer crime de rapto, sequestro e tomada de reféns praticado com o modus operandi descrito”. A mesma resposta foi dada pela Polícia de Segurança Pública (PSP): “A PSP não tem registo de ocorrências com o procedimento indicado.” De acordo com a polícia, pressupõe-se que “se trate de uma notícia falsa“.
Também em Coimbra tem havido relatos de ataques cujo objetivo é o tráfico humano. Contudo, como já noticiou o Polígrafo, a PSP local “não confirma a veracidade destes relatos” e garante que “não tem registo destas ocorrências nem de ocorrências semelhantes”.
Assim, conclui-se que não há evidências de que uma rede de tráfico humano do leste da Europa esteja a utilizar crianças para raptar outras crianças e jovens. A GNR garantiu não ter registos de crimes com esta descrição.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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