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  • Uma publicação do Facebook, com data de 12 de fevereiro de 2021 e que desde então tem sido amplamente partilhada, alega que, nos Estados Unidos, morreram 501 pessoas em resultado de tomas experimentais das diferentes vacinas contra o vírus da Covid-19. “O CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças (…), fez saber que aconteceram mais de 500 mortes após injeções experimentais de RNA”, lê-se no referido post, que acrescenta que os dados foram publicados no Sistema de de Relatórios de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS, na sigla em inglês). “Os dados vão até 29 de janeiro de 2021, com 11.249 eventos adversos registados, incluindo 501 mortes após injeções experimentais de RNA, COVID, da Pfizer e Moderna”, diz a publicação no Facebook. O que esta publicação não diz é que a plataforma VAERS limita-se a compilar casos submetidos livremente e que não foram ainda verificados pelas autoridades competentes. Basta uma visita ao site oficial da VAERS para chegar a tal conclusão, como se pode ver na secção Sobre nós: “A VAERS é um sistema de relatório passivo, o que significa que depende do envio de experiências individuais para o CDC e para a FDA. A VAERS não foi projetada para determinar se uma vacina causou um problema de saúde, mas é especialmente útil para detetar padrões invulgares ou inesperados na notificação de eventos adversos que podem indicar um possível problema de segurança com uma vacina. Desta forma, o VAERS pode fornecer ao CDC e à FDA informações valiosas, sendo que são necessários trabalho e avaliação adicionais para determinar uma possível preocupação de segurança.” Uma consulta ao site do Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano reforça a ideia de que os dados compilados na VAERS não podem ser alvo de interpretações e extrapolações. “Ao avaliar os dados da VAERS, é importante compreender os pontos fortes e as limitações. Os dados contêm eventos que são coincidências e aqueles realmente causados por vacinas”, lê-se na página do CDC, que acrescenta: “Não é geralmente possível descobrir por meio dos dados da VAERS se a vacina causou o efeito adverso relatado.” Ou seja, os dados carecem de análise e investigação posteriores. “Se um sinal de segurança da vacina for identificado através da VAERS, os cientistas podem conduzir estudos adicionais para descobrir se o sinal representa um risco real”, lê-se ainda na página oficial do CDC. Conclusão: Falso. A alegação baseia-se nos dados publicados na VAERS, uma plataforma ligada ao CDC e à FDA que compila casos de possíveis eventos adversos relacionados com vacinas, que foram submetidos livremente, mas não foram ainda verificados pelas autoridades competentes. Ou seja, as informações que constam na plataforma carecem de análise e investigação posteriores. “A VAERS não foi projetada para determinar se uma vacina causou um problema de saúde, mas é especialmente útil para detetar padrões invulgares ou inesperados na notificação de eventos adversos que podem indicar um possível problema de segurança com uma vacina. Desta forma, o VAERS pode fornecer ao CDC e à FDA informações valiosas, sendo que são necessários trabalho e avaliação adicionais para avaliar uma possível preocupação de segurança”, lê-se na página oficial da plataforma. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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