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| - “Lula foi ao shopping e foi vaiado e hostilizado por quem estava no local”, escreve um dos muitos internautas que tem partilhado o vídeo nas redes sociais, numa publicação de 22 de janeiro. Nas imagens é possível ouvir algumas pessoas a gritar “presidiário”, “vai para a cadeia” e “bando de ladrão”, mas não se consegue ver a quem esse grupo de pessoas se dirige.
Num outro post que partilha a mesma gravação, a autora ironiza: “Lula é vaiado em um Shopping. 22 de jan. de 2022. O homem mais honesto do mundo foi a um shopping testar sua popularidade pra provar os 49% das pesquisas e olha no que deu.”
Mas foi mesmo Lula da Silva a ser vaiado? E o vídeo é recente?
De acordo a plataforma de fact-checking “Boatos” e a “Agência Lupa”, o vídeo partilhado não é recente e Lula da Silva nem estava presente no momento da gravação.
As imagens remetem para uma manifestação pró-Lula, em 2018, num centro comercial de Salvador, a capital do estado brasileiro da Bahia, e não em São Paulo. Um vídeo partilhado, na página oficial no Facebook do Partido dos Trabalhadores, mostra os manifestantes a cantar e a tocar trompete dentro do estabelecimento.
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Contudo, nem todos no shopping eram apoiantes de Lula da Silva e algumas pessoas começaram a vaiar e a protestar, tal como se pode ver no vídeo sob análise.
Por outro lado, uma vez que as imagens foram captadas em agosto de 2018, era impossível o antigo presidente do Brasil estar no local. Nessa altura, Lula da Silva estava preso em Curitiba, a capital do estado do Paraná, onde ficou entre abril de 2018 e novembro de 2019. A única vez que saiu durante esse período de tempo foi em março de 2019, quando esteve presente no enterro do seu neto, em São Paulo.
Não é a primeira vez que este vídeo surge com o objetivo de espalhar desinformação. Em 2018, também se alegava que o vídeo mostrava o antigo governador do estado da Bahia, Jaques Wagner, a ser vaiado.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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