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  • Na sexta-feira, dia 1 de março, um dos netos de Lula da Silva, ex-presidente da República Federativa do Brasil, faleceu aos sete anos de idade, vítima de meningite meningocócica. Lula da Silva está a cumprir pena de prisão por crimes de corrupção, mas no sábado, dia 2 de março, obteve autorização para marcar presença no funeral do neto, Arthur Araújo Lula da Silva. Nesse mesmo dia começou a ser difundida nas redes sociais uma notícia de 2010, com o seguinte título: “Lula veta projeto que incluía cinco vacinas no calendário da rede pública”. Mas é verdade que Lula da Silva vetou a vacina contra a meningite em 2010? A notícia é verdadeira, mas importa ler mais do que somente o título. Entre as cinco vacinas estava uma que incidia sobre vários tipos de meningite, pelo que a notícia de 2010 originou diversas publicações em 2019 salientando que o ex-presidente Lula da Silva teria vetado a inclusão da vacina contra a meningite no programa nacional brasileiro de vacinação (ou “calendário básico de vacinações”, como é denominado no Brasil), precisamente a doença que agora “matou o seu neto de sete anos”. Entre essas publicações destacam-se vários memes que, inclusive, atravessaram o oceano Atlântico e chegaram a Portugal, através de milhares de partilhas. A notícia de 2010 foi difundida sem contextualização, por vezes apenas com o título, e deu origem a muitas publicações que se dedicaram a manipular os factos e a gerar desinformação em massa. Mas é verdade que Lula da Silva vetou a vacina contra a meningite em 2010? A notícia é verdadeira, mas importa ler mais do que somente o título. É a própria notícia em causa que explica o veto. O projeto aprovado pelo Congresso Nacional em 2010 visava introduzir cinco novas vacinas no calendário da rede pública, mas três dessas vacinas já estavam incluídas no calendário e as outras duas já eram fornecidas mediante determinadas condições. Foi esse o motivo do veto pelo então presidente Lula da Silva. Ora, segundo o site de verificação de notícias boatos.org, que analisou o caso, a vacina meningogócica C já integrava o calendário de vacinação da rede pública e era administrada a crianças em duas doses, aos três e cinco meses, com um terceiro reforço aos 15 meses de vida. Pelo que não é verdade que Lula da Silva vetou em 2010 a vacina contra a meningite, pois essa vacina já estava incluída no programa nacional de vacinação. A notícia de 2010 foi difundida sem contextualização, por vezes apenas com o título, e deu origem a muitas publicações que se dedicaram a manipular os factos e a gerar desinformação em massa. Primeiro no Brasil e depois também em Portugal. Com a agravante (no plano ético ou moral) de ocorrer precisamente num período de luto de Lula da Silva pela morte de um neto com sete anos de idade. Aliás, no mesmo dia do funeral. Avaliação do Polígrafo:
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