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  • Desde a tragédia de Borba, ocorrida há cerca de duas semanas, que uma alegada imagem do viaduto Duarte Pacheco, em Lisboa, se tornou viral na internet, gerando uma imensidão de partilhas e alimentado a dúvida sobre se aquela importante rodovia por onde diariamente passam milhares de automóveis seria segura. Vários leitores do Polígrafo, assustados com a possibilidade de ocorrência de uma tragédia de dimensões imprevisíveis, solicitaram a verificação da imagem em causa, onde surgem dois pilares desgastados, aparentemente incapazes para suportar a estrutura durante muito mais tempo. O Viaduto Duarte Pacheco é o maior e mais importante viaduto da cidade de Lisboa. Deve o seu nome ao antigo Ministro das Obras Públicas do período do Estado Novo, que foi também Presidente da Câmara de Lisboa. Duarte Pacheco foi igualmente o responsável por outras obras importantes, como a Estrada Marginal, o Estádio Nacional e o Parque de Monsanto. Inaugurado a 25 de Maio de 1944, tem 550 metros de extensão e 24 metros de largura. Esta informação dá-nos uma ideia aproximada da importância que o viaduto representa, mas a verdade é que, a haver algum risco resultante da imagem partilhada centenas de milhares de vezes, ele não está seguramente relacionado com o Viaduto Duarte Pacheco, uma vez que a mesma… não é do Viaduto Duarte Pacheco. Na verdade, a imagem ilustra uma ponte situada ao lado do viaduto, que liga as Amoreiras à Ponte 25 de Abril, sendo que debaixo da mesma existe uma linha ferroviária para a margem sul. Uma das publicações mais virais sobre este assunto é datada de 22 de Junho 2017. Conta já com 247 408 partilhas e cerca de 9 mil comentários. Nos últimos dias tem sido replicada novamente com muita insistência, quase sempre contextualizada pela tragédia de Borba. Quando surgiu pela primeira vez, foram vários os jornais que denunciaram a falsidade. Nessa ocasião, a Infraestruturas de Portugal, que tem a seu cargo a manutenção de mais de 7.200 pontes, viadutos, túneis e passagens hidráulicas, garantiu que o aspecto degradado dos pilares se explica com o “processo construtivo que foi utilizado e que em nada interfere com a segurança estrutural do mesmo”. Quanto ao viaduto propriamente dito, a mesma entidade emitiu um comunicado garantindo que “estão garantidas as condições de segurança na utilização do Viaduto” e que tem “realizado a adequada monitorização do seu estado de conservação”. Avaliação do Polígrafo:
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