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  • A mensagem começa com um alerta para não se fazerem mais encomendas pela Glovo ou UberEats, conhecidas plataformas de estafetas. “Um segurança do Beatriz Ângelo, meu amigo, viu algo inusitado, viu um tipo da Glovo a receber as amostras de sangue positivas/negativas a levar para o Instituto Ricardo Jorge. Ele chamou logo a polícia, foi preso mas não sabemos o que mais lá se passa”, pode ler-se na mensagem que tem sido viralmente propagada no WhatsApp. “O Hospital contratou uma empresa para fazer o transporte das análises, esta por sua vez subcontratou os serviços da Glovo. Nas mesmas mochilas onde transportam comida, transportavam amostras de sangue para o Instituto Ricardo Jorge. Isto é verídico porque eu e o meu marido conhecemos o segurança, só não vos envio o áudio porque ele tem medo de represálias e de ser reconhecido. Fica o alerta“, conclui-se. Será verdade? Verificação de factos. O Polígrafo contactou fonte oficial do Hospital Beatriz Ângelo, que confirmou a situação insólita. E deu uma explicação: “Quando começou a crise da COVID-19 e começou a ser necessário enviar as coisas para o INSA (Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge) fora dos horários normais dos nossos estafetas, foi preciso recorrer a uma empresa externa (a Super-Estafetas) em horário extra-laboral. As amostras eram garantidamente transportadas quando devidamente acondicionadas.” Depois da recolha no Beatriz Ângelo, sublinha a mesma fonte, “eles iam ao INSA e apresentavam-se como estafetas. Isto aconteceu duas ou três vezes. À terceira fomos informados pelo INSA de que receberam uma amostra diretamente de um estafeta da Glovo. A Super-Estafetas foi imediatamente contactada e informaram-nos de que tinham subcontratado a Glovo. Garantiram-nos igualmente que as caixas frigoríficas eram as mesmas. Cortámos o serviço imediatamente“. Além disso, reforçou a mesma fonte oficial, “A responsabilidade pela entrada da Glovo nesta história é da Super-Estafetas, com quem o Hospital Beatriz Ângelo rescindiu imediatamente o contrato, mal foi informado pelo INSA.” O Polígrafo publicou este fact-check no passado dia três, concluindo que a Glovo efetivamente havia feito a entrega em causa. Na realidade isso não aconteceu. Ao contrário do que nos garantiu fonte oficial do Hospital Beatriz Ângelo, em nenhum momento a empresa – que o Polígrafo não conseguiu contactar aquando da publicação do texto em causa pelo facto de os seus contactos não se encontrarem disponíveis na sua plataforma na internet – foi subcontratada pela Super-Estafetas. Numa declaração escrita enviada ao Polígrafo na manhã de hoje, 7 de abril, a Glovo afirma o que se segue: “A propósito do trabalho que o Polígrafo/SIC emitiu sobre o transporte de amostras de sangue do Hospital Beatriz Ângelo para o INSA, a Glovo informa que esse serviço não foi prestado através da nossa aplicação e que não é possível, através da nossa aplicação, fazer tal tipo de entregas. Não só não é permitido, como a aplicação em si não permite a inserção desse tipo de pedidos e, portanto, não é possível a um estafeta aceitar e realizar tais pedidos. A explicação para o que aconteceu pode estar no facto de os estafetas que utilizam a aplicação da Glovo serem profissionais independentes e que, quando não estão ligados à plataforma, podem exercer livremente a sua profissão para outras empresas ou a título individual. E, neste caso, tudo indica que o estafeta terá executado esse suposto transporte utilizando, de forma inapropriada, a mochila com a marca Glovo. Aliás, a Glovo já verificou todos os registos da sua plataforma e confirma que não tem nenhum serviço pedido como aquele que é descrito na peça. Por outro lado, a Glovo sublinha que a informação veiculada pela empresa Super-Estafetas está errada, porque a Glovo não pode ser subcontratada. Quando muito, poderia ter requisitado o serviço através da plataforma, mas nem isso aconteceu como é comprovável pelos registos a que já fizemos referência. Vale, ainda, a pena informar que a Glovo tem uma política de proteção dos seus parceiros, nomeadamente os estafetas, uma vez que, por vezes, podem ser envolvidos em situações para as quais não estão preparados para lidar, sobretudo quando se tratam de situações que exigem protocolos de ação específicos ou quando, por exemplo, é feito o uso indevido dos serviços da plataforma por um determinado cliente. Nesses casos, a Glovo apoia os estafetas indicando-lhes os procedimentos corretos que devem observar, os quais são postos em prática em coordenação com as autoridades competentes, com as quais a Glovo mantém estreita colaboração, sempre que esse tipo de situações são detetadas. Por exemplo, se um estafeta suspeitar, num determinado momento, que um cliente está a fazer uma utilização indevida da aplicação, o estafeta entra imediatamente em contato com a Glovo e o nosso suporte indica-lhe as etapas que deve seguir nesse caso em concreto. Se o caso for considerado especialmente grave, a Glovo informa de imediato as forças de segurança. Neste caso, o serviço não passou pela aplicação da Glovo e trata-se, portanto, da utilização inapropriada da mochila com a marca da Glovo por um estafeta que é um profissional independente e que exerce livremente a sua profissão.” A explicação para o que aconteceu pode estar no facto de os estafetas que utilizam a aplicação da Glovo serem profissionais independentes e que, quando não estão ligados à plataforma, podem exercer livremente a sua profissão para outras empresas ou a título individual. E, neste caso, tudo indica que o estafeta terá executado esse suposto transporte utilizando, de forma inapropriada, a mochila com a marca Glovo”, afirma a Glovo. Também a Super-Estafetas remeteu, via e-mail, um esclarecimento ao Polígrafo, constituído por 11 pontos, que transcrevemos na íntegra: - Sim, é verdade que transportámos os kits Covid19, em exclusivo ou seja sem paragens por outros clientes nem quaisquer outros serviços em simultâneo. - Tais serviços sempre foram prioritários e a maior parte deles feitos fora do horário de expediente normal. - Para a concretização destes serviços recorremos a tarefeiros que trabalham para a nossa empresa quando necessário. - O estafeta que fez o serviço em notícia trabalhou em tempos para a Glovo e adquiriu-lhes uma mala de transporte que por ser sua ainda usa. - Não obstante a semelhança da cor, nada identifica a mala como sendo da Glovo. - Na realidade há uma mala térmica envolvida, mala essa que por sinal é amarela mas que não tem qualquer identificação, como se pode comprovar nas fotos que anexo. - Tal estafeta não presta actualmente, pelo que conhecemos, qualquer serviço para a Glovo nomeadamente de entrega de produtos alimentares. - Não subcontratámos a Glovo para aquele ou outro serviço. Recorremos sempre aos nossos meios e colaboradores. O estafeta não foi preso nem houve qualquer autoridade policial envolvida. - Sobre as alegadas informações prestadas pelo Hospital, nunca, e sublinhamos nunca, informámos o Hospital Beatriz Ângelo que tínhamos subcontratado a Glovo para prestar serviços e muito menos garantimos que as caixas frigoríficas eram as mesmas – Tal é completamente falso. - Também é falso que tenha existido qualquer resolução de contrato, até porque esse não existia. Todos os serviços eram requisitados e executados individualmente, quando necessário - A Super Estafetas é uma empresa com dezenas de anos e tem como objecto social o apoio às empresas na entrega de documentos e pequenos volumes, não estamos vocacionados para a entrega de comida e não trabalhamos com restaurantes na entrega de refeições. Sobre as alegadas informações prestadas pelo Hospital, nunca, e sublinhamos nunca, informámos o Hospital Beatriz Ângelo que tínhamos subcontratado a Glovo para prestar serviços e muito menos garantimos que as caixas frigoríficas eram as mesmas – Tal é completamente falso”, garante a Super-Estafetas. Quanto ao Hospital Beatriz Ângelo, que o Polígrafo voltou a contactar na sequência das reações da Glovo e da Super-Estafetas, admite que que “a informação que demos foi incorrecta: a Super-Estafetas não nos disse ter subcontratado a Glovo. Essa informação foi-nos transmitida por escrito pelo INSA, induzindo-nos em erro”. Tendo em conta as opiniões das várias partes, o Polígrafo conclui que foi induzido em erro pelo Hospital Beatriz Ângelo e reafirma que a principal alegação constante do fact-check inicial – a de que a Glovo teria entregue amostras de análises no INSA – não corresponde à verdade. Por esse facto, pede desculpa aos visados e aos leitores. Paralelamente, aquela unidade hospital assegura que a referida entrega por estafeta foi solicitada pelo HBA à empresa Super-Estafetas, com quem o Grupo trabalhava há bastante tempo. Tendo em conta as opiniões das várias partes, o Polígrafo conclui que foi induzido em erro pelo Hospital Beatriz Ângelo e reafirma que a principal alegação constante do fact-check inicial – a de que a Glovo teria entregue amostras de análises no INSA – não corresponde à verdade. Por esse facto, pede desculpa aos visados e aos leitores. Avaliação do Polígrafo:
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