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| - “Necessidades para o serviço de urgência ao dia de hoje: champô; gel de banho; creme hidratante para o corpo; creme hidratante para a cara; sumos de pacote; águas, barras de cereais; canetas BIC; marcadores pretos e azuis; roupas que já não usem (em vez de colocarem nos contentores, o São Francisco está a precisar para os doentes); dois rádios que se liguem à eletricidade”, indica-se na mensagem em causa, datada de 26 de janeiro.
Questionada pelo Polígrafo, fonte oficial do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO), ao qual pertence o Hospital de São Francisco Xavier, informa que teve conhecimento do apelo que circula nas redes sociais mas sublinha que não é autêntico que o hospital o tenha promovido.
“Este tipo de pedido, apelando ao que de melhor todas as pessoas têm, pode vir a ser necessário, e se assim fosse, não hesitaríamos em pedi-la, mas não é o caso“, assegura o CHLO.
De acordo com o a mesma fonte, a mensagem não corresponde a qualquer iniciativa oficial da unidade hospitalar. “Trata-se de uma iniciativa pessoal que esperamos ter sido feita com boas intenções e que, obviamente, nos é alheia e que não consideramos benéfica para a imagem que o hospital e os seus profissionais têm e querem ter: competência e profissionalismo, num ambiente humanizado e dedicado a doentes e familiares, o que não é compatível com este tipo de apelos”, esclarece.
Em conclusão, o Hospital de São Francisco Xavier não está a pedir doações de água, roupa, cremes e outros produtos. O apelo é da autoria de um grupo de cidadãos que, de boa-fé, se mobilizaram para ajudar aquela instituição hospitalar.
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Nota editorial: depois da publicação deste fact-check recebemos um e-mail assinado por Ana Ferreira. Recordamos o título da publicação: “Hospital de São Francisco Xavier está a pedir doações de água, roupa, cremes e outros produtos?” A essa pergunta a resposta é negativa e, como tal, a avaliação mantém-se. Porém, tendo em conta que a iniciativa existe e está no terreno, somos sensíveis aos argumentos invocados, tendo atualizado o texto com elementos novos e transcrevendo na íntegra a missiva recebida:
Nos termos do disposto no artigo 24.º da lei 2/99, venho apresentar o meu direito de resposta relativamente à notícia publicada no vosso jornal com o título “Hospital S. Francisco Xavier desmente peditório para ajudar profissionais de saúde”.
O grupo de Facebook denominado Apoio aos profissionais de saúde do Hospital de São Francisco Xavier foi criado por mim e pela minha irmã uma vez que temos familiares e amigos que trabalham no Hospital e sabemos as dificuldades com que se deparam no exercício da sua atividade. E foi isso mesmo que foi referido na descrição do grupo.
Em nenhuma altura, escrevemos ou transmitimos que atuamos a pedido da Administração do Centro Hospital Lisboa Ocidental pelo que o título da notícia é completamente despropositado e a questão colocada à Administração igualmente. Gravoso também é que na vossa “investigação” jornalística não tenham tido o cuidado de verificar o intuito do grupo e perguntar a quem o criou qual a sua intenção. De facto, em virtude dessa falta de cuidado, fomos obrigadas a passar demasiado tempo a explicar o intuito do nosso grupo ao invés de nos dedicarmos aquilo que é realmente importante: ajudar os profissionais exaustos.
Lamentamos profundamente as proporções que toda esta situação tomou quando o nosso intuito foi tão-somente retribuir, ainda que, de forma ínfima, o que os profissionais têm feito por todos nós.
Muito agradecemos a publicação da nossa resposta.
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Nota editorial2: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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