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  • “Esta opinião é defendida em tempos pelo ex-economista chefe do Deutsche Bank, Thomas Mayer, que, em declarações divulgadas pela Rádio Renascença, constata que é preciso chamar os ‘bois pelos nomes’ e assumir que Portugal está ‘falido’. Para o comprovar, Mayer nota que ‘basta olhar para a dívida pública portuguesa, superior a 130% do Produto Interno Bruto (PIB)’. Este economista nota ainda que se não fosse o rating da agência financeira DBRS, o país estaria em sérios apuros. ‘Assim que a DBRS reduzir o rating, Portugal deixa de se conseguir financiar no mercado'”, acrescenta-se na mensagem da publicação. Verdade ou falsidade? A publicação em causa foi copiada a partir de uma notícia da Rádio Renascença, de 29 de novembro de 2016. De facto, na notícia original informa-se que Thomas Mayer, ex-economista chefe do Deutsche Bank, afirmou que “Portugal está falido”. Mas importa salientar que tais declarações foram proferidas no ano de 2016. “Assim que a DBRS reduzir o rating, Portugal deixa de se conseguir financiar no mercado”, sublinhou Mayer nessa altura. Ora, no ano de 2016, o rating de Portugal estava apenas um nível acima de “lixo”. Porém, em outubro de 2019, a DBRS [Dominion Bond Rating Service] subiu o rating de Portugal para três níveis acima de “lixo”: “O rating passou de ‘BBB’ para ‘BBB Alto’, ou seja, passou do segundo nível acima da classificação de ‘lixo’ (investimento especulativo) para o terceiro. A perspetiva do rating passou de ‘positiva’ para ‘estável’ e fica agora apenas a um patamar de atingir a classificação ‘A'”, informou então o “Jornal de Negócios”. Mais recentemente, no dia 20 de março de 2020, a DBRS anunciou a manutenção do rating de Portugal no terceiro nível acima de “lixo”, embora tenha advertido para a situação vulnerável de Portugal. “A classificação manteve-se em BBB Alto (três níveis acima de ‘lixo’, após a melhoria de um nível a 4 de outubro do ano passado) com outlook estável, sendo a agência canadiana a que tem melhor rating para o país”, noticiou o “Jornal de Negócios”. Acrescentando que a DBRS Morningstar “prevê uma considerável disrupção económica em 2020 devido à rápida propagação do novo coronavírus. No mínimo, a economia portuguesa deverá desacelerar nos primeiros trimestres do ano, à medida que o fluxo turístico diminui e que a confiança dos consumidores e o sentimento na indústria se vai debilitando”. Por outro lado, em 2016, Mayer defendeu também a importância de medidas aplicadas pelo anterior Governo liderado por Pedro Passos Coelho: “Mais horas de trabalho, mercados de trabalho mais flexíveis, talvez uma taxa de desemprego mais alta temporariamente. Coisas que o Executivo anterior fez, mas não tiveram continuação”. Salientando que tais medidas não tiveram seguimento, Mayer concluiu: “Resta então uma única alternativa, sair do euro“. Daniel Stelter, outro economista alemão, expressou uma opinião diferente: “Se se reduzissem os salários, a crise agravaria e seria mais difícil pagar as dívidas. Imagine que compra uma casa em Lisboa. Antes ganhava 5.000 euros, mas passa a ganhar 3.000. Ia ter problemas”. Na perspetiva de Stelter, o mais lógico seria assumir a falência e reestruturar a dívida. No que respeita à dívida pública do Estado português, os dados evocados na publicação também estão desatualizados. O facto é que, em percentagem do PIB, a dívida pública baixou de 131,5% em 2016 para 126,1% em 2017, 122,2% em 2018 e 117,7% em 2019 (pode conferir aqui, na base de dados Pordata). Ou seja, já não está acima de 130% do PIB, embora os números relativos a 2018 e 2019 ainda não sejam definitivos. Concluindo, a publicação sob análise copia uma notícia verdadeira de 2016 e difunde essa informação desatualizada e descontextualizada em maio de 2020, sem qualquer referência temporal, induzindo os leitores em erro. Não se trata de uma publicação antiga que entretanto voltou a ser partilhada nas redes sociais, neste caso é uma publicação nova que surgiu há dois dias. Acresce que o tempo verbal utilizado no título e no texto aponta sempre para o presente, contribuindo também para a desinformação. _________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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