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| - “Centro de vacinação do Parque das Nações. Reparem que já ultrapassa o número de mortes pelo Covid da moda”, lê-se na publicação do Facebook, de 17 de agosto. Na fotografia está um cartaz onde se pode ler: “União Europeia. 20.525 mortes por injeção.”
Confirma-se?
Não. A Agência Europeia do Medicamento (EMA) publica mensalmente um relatório com as informações de segurança mais recentes sobre cada vacina autorizada contra a Covid-19. Esta avaliação de segurança é executada pelo Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) e reúne informações sobre os efeitos secundários reportados na União Europeia (UE) e no Espaço Económico Europeu (EEE).
Nos últimos dados publicados pela EMA, a 6 de outubro de 2021, foram reportados 6.990 mortes após a toma de uma das vacinas contra o Covid-19. O relatório sublinha que não há necessariamente uma correlação entre o número de mortes e a toma da vacina, mas a “problemas de saúde não relacionados com a vacinação”.
De acordo com o mesmo relatório, até ao final de setembro já tinham sido administradas 563 milhões de doses de vacinas na EU e EEE e é referido que a grande maioria de efeitos secundários reportados são leves e de curta duração.
Os últimos dados publicados no início deste mês referentes à vacina da Pfizer indicam que, até 30 de setembro, foram administradas mais de 420 milhões de doses na EU e EEE e foram reportados 361.767 casos de efeitos secundários e 5.113 mortes após a toma da vacina.
Em relação à vacina da AstraZeneca, a EMA revela que já foram administradas 68.7 milhões de doses na EU e EEE, das quais se registam 199.999 casos de efeitos secundários e 1.211 ocorrências de óbito.
Quanto à vacina da Moderna, na União Europeia e no Espaço Económico Europeu foram administradas 59.8 milhões de vacinas, 80.486 casos reportados de efeitos secundários e 495 mortes.
Por último, a vacina da Janssen, há sete meses colocada no mercado, foi administrada a um total de 14.3 milhões de pessoas, das quais foram reportados 23.455 efeitos secundários e 171 mortes.
Em Portugal, o Infarmed, no último “Relatório de Farmacovigilância”, com dados recolhidos até 26 de setembro, revela: “verifica-se que as reações adversas às vacinas contra a Covid-19 são pouco frequentes, com cerca de um caso em mil inoculações, um valor estável ao longo do tempo.” O Infarmed publica ainda a evolução temporal do número de casos de Reações Adversas a Medicamentos (RAM), reportadas no Portal RAM – um sistema de informação da responsabilidade da Autoridade Nacional do Medicamento.
O mesmo relatório do Infarmed divulga que, a nível nacional, “os casos de morte ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 77 anos e não pressupõem necessariamente a existência de uma relação causal entre cada óbito e a vacina administrada, decorrendo também dentro dos padrões normais de morbilidade mortalidade da população portuguesa”.
Até ao momento, foram confirmadas 772.934 mortes por infeção de Covid-19 na União Europeia e no Espaço Económico Europeu, conforme publicado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) a 7 de outubro.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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