schema:text
| - “Aconteceu! Elon Musk acabou de anunciar a candidatura às presidenciais de 2024”, destaca-se num post no Facebook, datado de 24 de dezembro. Dezenas de publicações idênticas estão a circular nas redes sociais, associadas a um vídeo publicado no YouTube na véspera de Natal.
No vídeo, com quase 300 mil visualizações, um narrador afirma que Musk vai candidatar-se à presidência dos Estados Unidos da América (EUA), garantindo que “o mundo está em choque com a revelação” do dono do Twitter. No entanto, nunca se indica qual o momento, ou local da comunicação do multimilionário. O vídeo de cerca de nove minutos não passa, afinal, de uma coletânea dos feitos do fundador da Tesla e da Space X. São também lançados argumentos especulativos sobre uma eventual candidatura, mas mais uma vez sem qualquer referência ao anúncio concreto.
Tal como verificado por várias plataformas de fact checking norte-americanas, entre elas a “Lead Stories“, não existe qualquer registo de que Elon Musk tenha comunicado a sua intenção de concorrer à Casa Branca. Não só não divulgou a informação através da sua conta oficial de Twitter, como a mesma não foi avançada por qualquer meio de comunicação socialcredível.
Existe outro argumento que deita por terra a credibilidade da alegação que circula nas redes sociais: Elon Musk não nasceu nos EUA, mas sim na África do Sul. De acordo com a Constituição dos EUA, “nenhuma pessoa, exceto um cidadão nato, ou um cidadão dos Estados Unidos, no momento da adoção desta Constituição, será elegível para o cargo de presidente”. Assim, o multimilionário não preenche um dos principais requisitos para a corrida presidencial.
É também evidente que as páginas que promovem os posts e vídeos em que a candidatura de Musk é revelada partilham informação falsa de forma constante como meio para angariar seguidores e visualizações. Ou seja, estão em causa esquemas de clickbait.
______________________________
Avaliação do Polígrafo:
|