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| - Vídeo em que Alexandre de Moraes é hostilizado na Paulista é de 2016
São distorcidas as publicações de um vídeo no Youtube e no Facebook feitas no último dia 5 em que o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, deixa a avenida Paulista, em São Paulo, após ser hostilizado por manifestantes. Os autores das postagens omitem que a gravação é de 2016, quando Moraes era secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo.
O que dizem os posts? "Alexandre de Moraes sai correndo para não ser linchado da Paulista", diz o título das publicações distorcidas no Youtube e no Facebook.
Manifestação contra Dilma. A gravação do episódio, que ocorreu em março de 2016, mostra o então secretário de Segurança Pública de São Paulo sendo vaiado por manifestantes vestidos de verde e amarelo que protestavam na avenida Paulista contra o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT). Moraes teve que deixar o local escoltado por policiais.
O secretário dava entrevista quando foi cercado e xingado de "fascista", "vagabundo" e "oportunista" pelos manifestantes. Antes da confusão, Moraes falava que a manifestação tinha caráter pacífico, mas que a polícia teria de desbloquear a rua ainda naquele dia por causa da manifestação pró-governo marcada para o dia seguinte.
Moraes x bolsonaristas. O surgimento do vídeo de Moraes fora de contexto acontece em meio a decisões e pronunciamentos do atual presidente do TSE que desagradam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com a derrota na disputa presidencial deste ano.
Hoje (11), por exemplo, Moraes determinou que as forças policiais desobstruam as vias federais e estaduais que ainda estão interditadas por caminhões que paralisam as estradas em protestos golpistas, iniciados após o resultado das eleições, em 30 de outubro.
Alcance. A publicação distorcida no Youtube conta com mais de 2 milhões de visualizações, 164 mil curtidas e 29.145 comentários. Já a postagem no Facebook tem 9,8 mil visualizações, 720 reações e 121 comentários.
O UOL Confere aplica o selo distorcido em conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
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