About: http://data.cimple.eu/claim-review/3f0f28555493ffa8f0316bfb3dffe6a634cb150ef1f489fca745485f     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • “A fortaleza de Al Zubarah, situada a cerca de 30 kms de Doha, a capital do Qatar, [foi] criada pelos portugueses no final do século XVI, quando Portugal era ‘grande’, dominava o Golfo Pérsico e não estava minado por políticos ‘traidores’ como agora”, salienta-se num post de 19 de novembro no Facebook, remetido ao Polígrafo para verificação de factos. Esta história tem algum fundamento? Importa desde logo corrigir a distância. Na realidade, a fortaleza de Al Zubarah situa-se a cerca de 100 quilómetros a noroeste de Doha, capital do Qatar, e não a cerca de 30 quilómetros. É um detalhe, mas fica esclarecido. Na página “Qatar Museums” encontramos informação sobre a histórica fortaleza que está integrada no mais valioso sítio arqueológico do Qatar, a antiga cidade de Al Zubarah, classificada em 2013 como “Património Mundial da UNESCO“. “É o exemplo mais bem preservado de uma cidade comercial e de pesca de pérolas dos séculos XVIII a XIX na região do Golfo Pérsico”, realça-se. “Fundada em meados do século XVIII, a cidade tornou-se a maior e mais importante povoação do país. O seu sucesso atraiu a atenção de outras potências do Golfo e, após vários ataques, a cidade foi totalmente incendiada em 1811. Nas primeiras décadas do século XX foi abandonada. Presentemente, o local cobre uma área de 60 hectares com restos de casas, masajid (mesquitas), madabis (prensas de tâmaras), grandes edifícios fortificados e um mercado”, descreve-se. Mais uma correção: a cidade só foi fundada no século XVIII, pelo que a fortaleza em causa dificilmente terá sido construída “no final do século XVI“. Para dissipar as dúvidas, o Polígrafo contactou Anísio Franco, historiador de arte e subdiretor do Museu Nacional de Arte Antiga, o qual assegura que “a estrutura arquitectónica que o forte apresenta nada tem que ver com as construções fortificadas portuguesas no século XVI“. “Durante um período muito curto, entre 1527 e 1528, houve uma esquadra portuguesa que ancorou ali para defender o estreito que separa Zubarah da ilha do Bahrain. Aí sim, no Bahrein, existe um forte português que é o forte do Bahrain“, explica o historiador. Segundo Franco, “os portugueses investiram em 1561 na modernização da fortaleza do Bahrein que foi construída por um grande arquitecto que é o Inofre de Carvalho, que reconstruiu as fortalezas de Bahrain e Ormuz ao mesmo tempo”. No entanto, sublinha, não houve qualquer intervenção na fortaleza de Al Zubarah. Ou seja, é falso que a fortaleza descrita na publicação tenha sido criada ou construída por portugueses. Em Al Zubarah “apenas houve uma pequena guarnição marítima“, garante Franco. ____________________________ Avaliação do Polígrafo:
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 5 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software