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  • “O aumento brutal no preço dos combustíveis deve-se, de facto, à invasão da Ucrânia e às sanções económicas? A resposta é um rotundo não. Conforme quem tenha opinião livre pode verificar no primeiro gráfico, não apenas os Estados Unidos exportam combustível, como o Canadá há 16 anos que não importa uma gota de petróleo russo, como a percentagem de dependência do Reino Unido do petróleo russo é de uns miseráveis 3%”, lê-se no post de 14 de março, com dezenas de partilhas no Facebook. Objetivo? Alertar para a dependência europeia do petróleo russo, o que parece ser contraditório relativamente à principal alegação do post. Afinal, o aumento “brutal” no preço dos combustíveis “não” se deve à invasão da Ucrânia nem às sanções económicas, mas a Europa é “totalmente dependente do petróleo russo”? “Na verdade é pior, conforme se pode constatar pelo depoimento de Scholz. A Europa paga a guerra na Ucrânia com a compra do petróleo e do gás russos, ao mesmo tempo que faz de conta que bloqueia o acesso ao Swift aos bancos russos. O aumento do preço dos combustíveis ao cidadão tem precisamente o mesmo propósito que a imposição das medidas anti-pandémicas. Ou seja, o confinamento da sociedade civil perante a total incapacidade dos governantes”, acusa-se no mesmo texto, em referência a Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Uma a uma, o Polígrafo verifica todas as alegações contidas na publicação em análise. “O aumento brutal no preço dos combustíveis deve-se, de facto, à invasão da Ucrânia e às sanções económicas? A resposta é um rotundo não”. Ao Polígrafo, António Comprido, presidente da Associação Portuguesa De Empresas Petroliferas (Apetro), afirma que “os factos mostram que, desde o início da guerra na Ucrânia, as cotações de várias matérias-primas e produtos dispararam nos mercados internacionais. Isto é visível em múltiplas situações”. Numa delas, o caso dos combustíveis, “é óbvio que o envolvimento da Rússia, que é o terceiro maior produtor de petróleo e o maior exportador, teria que ter repercussões nos mercados que são sensíveis a todas as situações de instabilidade e imprevisibilidade”, garante Comprido. “O Canadá há 16 anos que não importa uma gota de petróleo russo”. É totalmente falso que o Canadá não importe petróleo russo há 16 anos. Aliás, só a 1 de março deste ano é que Justin Trudeau, primeiro-ministro canadiano, anunciou que iria banir “toda a importação de petróleo“ da Rússia, justificando-se com o facto de esta ser “uma indústria da qual o presidente Putin e os seus oligarcas se beneficiaram muito“. O setor petrolífero, disse Trudeau, “representa mais de um terço da receita do orçamento federal russo. Mesmo que o Canadá tenha importado apenas quantidades muito limitadas nos últimos anos, esta medida envia uma mensagem poderosa”. De acordo com o Governo canadiano, só no ano de 2019 o país importou 17.870 barris de petróleo russo por dia. Um total de 2,6% das importações de petróleo do Canadá, valor esse que chegou praticamente a zero em 2020 (mas não em 2006). “Dependência do Reino Unido do petróleo russo é de uns miseráveis 3%”. Mais uma vez, é falso que apenas 3% do petróleo importado pelo Reino Unido tenha origem Rússia. Num comunicado do Governo liderado por Boris Johnson que anuncia que o país irá gradualmente eliminar, até ao final do ano, as importações de petróleo russo, em resposta “à invasão ilegal da Ucrânia por Vladimir Putin“, afirma-se também que “as importações russas representam 8% da demanda total de petróleo do Reino Unido“, ressalvando que o país é “um produtor significativo de produtos petrolíferos, além de importações de uma gama diversificada de fornecedores confiáveis além da Rússia, incluindo os Países Baixos, a Arábia Saudita e os EUA”. “O Reino Unido está a trabalhar em estreita colaboração com os EUA, a União Europeia e outros parceiros para acabar com a dependência dos hidrocarbonetos russos em resposta à agressão russa na Ucrânia, reconhecendo as diferentes circunstâncias e cronogramas de transição. A importação de petróleo russo representa 44% das exportações russas e 17% da receita do Governo Federal através de impostos”, sublinha-se no comunicado. __________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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