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  • Em sabatina, Glória Heloiza erra sobre vacinas e pedágio na Linha Amarela Nesta terça-feira (27), a candidata Glória Heloiza (PSC) foi a segunda entrevistada da série de sabatinas promovida pelo UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo, com postulantes à Prefeitura do Rio. Durante a entrevista, ela falou sobre a polêmica do pedágio na Ilha do Governador, sobre a pandemia de covid-19 e sobre sua relação política com o governador afastado Wilson Witzel (PSC-RJ). A Lupa checou algumas das declarações da candidata. Confira: Se (...) algumas doenças foram erradicadas e voltaram, não é por conta só da vacina. É por falta de atenção básica primária. Glória Heloiza (PSC), candidata à Prefeitura do Rio de Janeiro, na sabatina Falso De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a vacinação é determinante no processo de erradicação de doenças como a varíola, o sarampo e a poliomelite e continua sendo fundamental no controle de doenças já consideradas erradicadas. Reportagem da BBC mostrou que o primeiro surto de sarampo no Brasil desde o ano 2000 aconteceu entre 2013 e 2015, logo após o registro de queda brusca das taxas de vacinação para a doença nos estados de Ceará e Pernambuco. A falta de vacinação adequada pode inclusive causar o ressurgimento de doenças em países com sistemas públicos de saúde bem estruturados. No caso do sarampo, na última década, surtos foram registrados no Reino Unido e na França. Pesquisadoras da Fiocruz dizem, ainda, que a vacinação não beneficia somente quem recebeu a dose. "Diminuindo a circulação dos vírus e bactérias que causam as doenças, beneficia a população como um todo", apontam. A OMS (Organização Mundial da Saúde) também informa que a cobertura vacinal de ao menos 95% da população pode garantir a eliminação de doenças como a caxumba e a rubéola. Alguns tipos de poliomielite e o sarampo foram erradicados com vacinas. A OMS afirma, ainda, que doenças erradicadas localmente podem voltar a aparecer se o agente infeccioso for reintroduzido. Em nota, a assessoria da candidata respondeu que ela quis dizer que muitas vacinas não chegam aos pontos de atendimento aos cariocas. Ela citou como exemplo um episódio no qual a vacina de H1N1 não foi disponibilizada em postos de saúde da zona oeste do Rio. Ele [Marcelo Crivella] não explicou é quando é que ele vai voltar a cobrar essa tarifa [da Linha Amarela]. Glória Heloiza (PSC) Falso No dia 19 de outubro, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, explicou que pretende não cobrar o pedágio da Linha Amarela "até o final da pandemia" e que, se eleito, a tarifa voltará a ser cobrada no próximo ano. "Nossa proposta para a Linha Amarela é manter o pedágio no ano que vem a R$ 4,30, que é o mesmo que se cobra na ponte Rio-Niterói, que tem o mesmo tamanho e o mesmo fluxo de automóveis", disse Crivella ao portal G1. A disputa entre a Prefeitura do Rio e a Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, começou no ano passado. Em setembro de 2019, o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) entendeu que o município poderia assumir a gestão da Linha Amarela. Em sua decisão, o presidente do STJ, Humberto Martins, disse que impedir a prefeitura de encampar a via expressa "causa lesão à ordem pública e administrativa do município". No dia 25 de outubro de 2019, o prefeito Crivella anunciou o rompimento do contrato com a empresa e disse que o preço da tarifa era abusivo. Com essa medida, o pedágio deixou de ser cobrado e agentes da prefeitura retiraram as cancelas do local. A Lamsa disse que a ação "descumpriu decisões judiciais" e mobilizou profissionais para restaurarem as cancelas. No dia 28 de outubro de 2019 a Justiça concedeu uma liminar para que a Lamsa voltasse a cobrar o pedágio. Mas a prefeitura não desistiu da ação e, nos dias seguintes, Crivella encaminhou um projeto de lei para que a prefeitura voltasse a assumir a Linha Amarela. A proposta foi aprovada pelos vereadores. Mas, em novembro, a Justiça suspendeu a lei, e a Lamsa voltou a controlar o pedágio. Em nota, a assessoria da candidata respondeu que, mesmo dizendo que voltará a cobrar até o fim da pandemia, "ele continua não explicando quando vai voltar a cobrar". "Como ainda não há previsão de quando a vacina contra a covid-19 estará disponível para a população, ele continua não estabelecendo a data para dar início à cobrança", diz. Quando a gente fala da necessidade de armar a Guarda Municipal, a gente quer deixar claro que isso é um direito que já foi conquistado em lei. Glória Heloiza (PSC) Verdadeiro, mas... O Estatuto do Desarmamento (lei 10.826/2003) prevê que guardas municipais de cidades com mais de 500 mil habitantes possam andar armados. Porém isso precisa estar previsto na Lei Orgânica do município em questão. Atualmente, a legislação do município do Rio não permite que esses agentes façam uso de armas de fogo. A norma atual permite apenas que eles façam uso de arma não letal. Na semana passada, a Lupa publicou uma reportagem mostrando que um terço dos candidatos do Rio propõem, em seus programas de governo registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), autorizar o uso de arma de fogo pela Guarda Municipal carioca. Embora os prefeitos possam propor alterações na Lei Orgânica, peça de legislação semelhante às Constituições dos estados e da União, cabe somente aos vereadores votá-las e promulgá-las. A minha filiação ocorreu ali na segunda quinzena de março. Glória Heloiza (PSC) Verdadeiro A ex-juíza assinou a filiação ao PSC (Partido Social Cristão) no dia 16 de março de 2020. Essa informação consta no Sistema de Filiação Partidária, disponível no TSE.
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