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  • Uma notícia que se tornou viral está a deixar incrédulos os católicos de todo o mundo: o Papa Francisco apela às mulheres católicas para procriarem com os migrantes muçulmanos que chegam à Europa, com o objetivo de aumentar a baixa taxa de natalidade que existe no velho continente. No entanto a notícia é falsa e o Sumo Pontífice nunca fez tal apelo. A notícia falsa já circula desde julho de 2018, avança a plataforma de fact-checking “Newtral”, e teve origem numa entrevista dada pelo Papa Francisco ao diário católico francês La Croix, a 9 de maio de 2016. Durante a entrevista, o jornalista questionou o chefe da Igreja Católica sobre a crise de migrantes que está a abalar a Europa. “Não se pode abrir os portões de maneira irracional”, respondeu o Papa. “No entanto, a questão mais profunda é por que há tantos migrantes agora”, acrescentou, reforçando que “é necessário integrá-los” e não deixar que se formem guetos. A questão sobre a natalidade vem mais à frente quando o Papa afirma que a “integração é tão mais necessária hoje, uma vez que, como resultado da busca egoísta pelo bem-estar, a Europa está a viver um grave problema de declínio da taxa de natalidade”. Em parte alguma da entrevista o Sumo Pontífice fala sobre a procriação de mulheres católicas com migrantes muçulmanos para aumentar a natalidade. O que o Papa reforça durante as suas respostas é que “a coexistência entre cristãos e muçulmanos ainda é possível”, dando como exemplo o seu país de origem – a Argentina – onde ambas as religiões “coabitam em bons termos”. A crise demográfica que está a deixar a Europa preocupada atinge também Portugal. Em 2017 nasceram 86.154 bebés, segundo dados disponíveis no portal Pordata. Apesar de representar uma melhoria em relação a anos anteriores, o número de nascimentos ainda está entre os mais baixos dos últimos 60 anos, tendo 2013 sido o ano com menor taxa de natalidade de sempre. Por outro lado, o índice de envelhecimento tem vindo a aumentar e em 2017 registou o valor mais alto desde 1960. A população portuguesa é maioritariamente católica – 88% dos cidadãos que aceitaram responder à questão sobre diversidade religiosa nos censos de 2011 afirmaram ser católicos, o que corresponde a cerca de 7,3 milhões de pessoas. Por outro lado, apenas 4% da população declara ter uma religião distinta da católica e 7% afirma não ter religião, valores que têm vindo a crescer. Avaliação do Polígrafo:
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