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| - O ex-presidente Jair Bolsonaro não disse que iria implementar ensino a distância para "acabar com o quadro de professores, merendeiras e outras coisas mais".
O vídeo de 2018, que circula de novo nas redes sociais, tem sido retirado de contexto. Na ocasião, Bolsonaro se referia ao que ele classificou de fake news contra sua campanha.
O UOL Confere considera distorcidos conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
O que diz o post
A postagem utiliza um vídeo com o texto sobreposto "Imagina se isso [Bolsonaro] fosse reeleito. Se você é Lula, inscreva-se". Nas imagens, vemos Bolsonaro ao lado do filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, e uma intérprete de libras. O ex-presidente diz no trecho: "Eu vou implementar o ensino a distância. Acabando aqui com o quadro de professores, merendeiras e outras coisas mais." Na chamada do post, o texto "B0LS0NAR0 lNlMlG0 DA EDUCAÇÃ0! #Brasil #Lula #bolsonaro".
Por que é distorcido
Vídeo é da campanha eleitoral de 2018. No perfil do YouTube de Bolsonaro, encontramos o vídeo original (aqui e abaixo), publicado em 19 de outubro de 2018. Na ocasião, o Brasil estava no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais, que ele disputou com o petista Fernando Haddad.
Bolsonaro listava supostas fake news contra ele. No vídeo, o então candidato comentava uma série de notícias falsas que ele dizia que circulavam contra sua candidatura. Uma delas foi a fala sobre supostamente acabar com professores e merendeiras com o ensino a distância. Na sequência do vídeo completo, ele se justifica: "Esse ensino a distância aqui que eu estudei é para as comunidades rurais. Na fazenda onde porventura tenha sinal de internet, a garotada em vez de viajar 20 km, 30 km, já chega cansada, volta cansada pra casa, não aprende nada. Ver se é possível levar esse ensino a distância para essa garotada.
Viralização. Até esta segunda-feira (17), um dos posts no Instagram chegou a mais de 123 mil visualizações, 1.500 compartilhamentos e 600 comentários.
Este conteúdo também foi checado por Reuters (aqui) e AFP (aqui).
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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