schema:text
| - “Para um país como Portugal que segue de perto o modelo da social-democracia nórdica, estes números são algo estranhos… Talvez expliquem a emigração de quadros (culpa do Passos, claro) mas não há qualquer relação com a estagnação económica, essa colossal mentira da direita… E tudo isto antes da pandemia”, comenta-se no post em causa, datado de 22 de fevereiro.
O gráfico foi replicado a partir de um artigo do jornal digital espanhol “NIUS”, publicado nesse mesmo dia 22 de fevereiro. Com base em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), verifica-se que os salários reais (descontando a inflação), no período entre 2000 e 2019, aumentaram em países como a Espanha (+1,8%), Alemanha (+18,6%), França (+21,5%), Suécia (+35%) ou Noruega (+44,3%). Pela negativa destacam-se Portugal e Grécia (-0,9%), onde os salários reais até diminuíram no referido período temporal.
Os dados são verdadeiros, mas importa ter em atenção que se baseiam nas contas nacionais, não nos valores de salários. Ou seja, calcula-se a remuneração total dos empregados na economia nacional em relação ao número de pessoas que trabalham a tempo integral.
“Também inclui outros elementos como prestações de desemprego, pelo que não são estatísticas de salários, mas muitas pessoas utilizam-nas como uma aproximação aos salários reais“, explicou Juan Jimeno, professor de Economia na Universidade de Alcalá (Madrid), em declarações ao jornal “NIUS”.
Este artigo surge pouco tempo depois de o Governo de Espanha ter decidido aumentar o Salário Mínimo Interprofissional (SMI) em 3,6%, atingindo o valor de 1.000 euros brutos por mês, com efeito retroativo a partir de 1 de janeiro deste ano. Desde 2019, o SMI em Espanha subiu 36% no total.
____________________________________
Avaliação do Polígrafo:
|