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| - “Depois de ter pronunciado mal os nomes das crianças massacradas, numa convenção da Associação Nacional de Armas (NRA na sigla em inglês), Donald Trump fez uma dança. Lembramo-nos dos conservadores que continuam a matar os nossos filhos enquanto fingem ser patriotas”, lê-se num dos vários tweets feitos esta segunda-feira, 30 de maio, relativamente ao discurso protagonizado por Trump no encontro anual da NRA.
Outra utilizadora do Twitter mostrou-se chocado com a atitude do ex-presidente norte-americano: “Desculpa o desabafo, estou muito abalada, triste e revoltada com esse povo que não vê o essencial… esses políticos nojentos… poderia ter sido um filho, um neto, mas foram nossos irmãos em Buffalo e crianças no Texas. E Trump dançando na NRA. Revoltante.”
Além de ter considerado Salvador Ramos, o autor do tiroteio que fez 21 vítimas – 19 crianças e duas professoras – em Uvalde, no Texas., um “lunático” e um “monstro”, o ex-Presidente dos Estados Unidos fez questão de voltar a defender o uso de armas por professores, para que estes estejam preparados para se defenderem a si e aos seus alunos.
Ainda assim, o momento em que Donald Trump é convidado a intervir parece destoar da seriedade do tema, já que o mesmo decidiu dançar, como já lhe era habitual durante o seu mandato como Presidente, a música de 1996, “Hold On, I’m Comin’”, de Sam e Dave, depois de recitar os nomes das vítimas de Uvalde ao som de um sino. Grande parte destes nomes foram mal pronunciados, já que têm origem hispânica.
Trump garantiu ainda não haver “razão para desarmar pessoas que sabem usar armas”, já que estes “as usam para proteger outras pessoas”. Assim, a “existência de crueldade é uma das melhores razões para armar cidadãos cumpridores da lei”, sugeriu. Entre as medidas anunciadas por Trump estiveram ainda “escolas com uma entrada apenas”, “vedações impenetráveis em torno das escolas”, “detetores de metais à entrada das escolas”, “um polícia ou um vigilante armado a tempo inteiro”, “portas reforçadas nas salas de aula” e “internamento sistemático de pessoas com perturbações mentais”.
O ex-presidente não deixou o palco sem antes apelar ao voto republicano nas eleições intercalares deste ano: “Em 2022, vamos votar duramente sobre o crime, [pelos] candidatos pró-Segunda Emenda em números recorde. Vão lá e votem – garantam que a eleição é honesta, já agora. Juntos, vamos reconquistar a Câmara, vamos reconquistar o Senado. E em 2024, vamos reconquistar aquela grande e bela Casa Branca, que queremos e amamos tanto.”
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