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| - Sob o mote “a NASA mente“, há uma vaga de publicações nas redes sociais que negam a existência do espaço sideral, da missão que levou humanos até à Lua, de satélites artificiais, entre outros exemplos de denúncias (falsas).
A mais recente incide sobre o treino dos astronautas em piscinas, argumentando que “se o espaço sideral fosse um vácuo, os astronautas treinariam em câmaras de vácuo, não em piscinas”.
Conclusão? “O espaço sideral é uma farsa“.
Desde logo é verdade que parte do treino especializado dos astronautas é realizado debaixo de água, em piscinas, mas também em câmaras de vácuo, segundo apurou o “PolitiFact” junto da NASA, agência espacial norte-americana.
A título de exemplo atente-se neste vídeo de demonstração (com perspetiva de 360º) de uma sessão de treino de astronautas em câmara de vácuo, no Centro Espacial Johnson da NASA (Houston, Texas) que serve de base operacional para as missões da Estação Espacial Internacional.
Em resposta ao “PolitiFact”, Daniel Huot, porta-voz da NASA, explica que os astronautas treinam com fatos espaciais em câmaras de vácuo para ficarem melhor preparados relativamente à forma como a pressão se altera no espaço sideral.
“Um vácuo é a ausência de matéria, ou simplificando é a ausência de coisas. Para o espaço sideral, isso significa que não há uma atmosfera como a que temos aqui na Terra”, sublinha Huot.
A NASA testa materiais, fatos e naves espaciais em ambiente de vácuo na Terra, realça o porta-voz, “porque muitos processos importantes mudam, processos como a transferência de calor ou como as coisas ficam mais quentes ou frias”.
Importa aqui ter em conta que, no espaço sideral, as temperaturas rondam o zero absoluto, ou cerca de -440°F (-262,2℃), de acordo com informação divulgada na página da NASA.
Quanto aos treinos realizados em piscinas, o objetivo consiste em replicar um ambiente de microgravidade. Isto é, “a condição em que pessoas ou objetos parecem não ter peso. (…) A microgravidade representa a condição em que a gravidade parece ser muito pequena”.
Em conclusão, o porta-voz da NASA indica que a publicação em causa no Instagram “demonstra um mal-entendido sobre os fundamentos de duas coisas distintas: vácuo e microgravidade“.
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Nota editorial:
No dia 17 de novembro foi corrigido o valor de uma conversão de graus Fahrenheit para Celsius.
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Avaliação do Polígrafo:
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