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  • “Para o ACP e Carlos Barbosa, ainda estávamos nos anos 50 ou 60. Nessa altura é que se estava bem no Terreiro do Paço, não era?”, ironiza um utilizador do Twitter. O tweet inclui duas fotografias: uma mais antiga onde se observa a Praça do Comércio com trânsito à volta e repleta de automóveis estacionados; e outra mais recente, onde só há trânsito do lado do rio e em frente ao Arco da Rua Augusta e desapareceu o estacionamento, dando lugar a uma grande praça pedonal e esplanadas. Numa resposta a este tweet, lê-se: “Não só foi contra, como tudo fez para inviabilizar o projeto que garantia resultar em caos – apresentou até um “estudo” que demonstrava isso. E sim, defendia que o Terreiro do Paço continuasse um enorme parque de estacionamento.” A publicação partilha ainda duas capturas de ecrã do site do ACP. De facto, a 16 de dezembro de 2008, o Automóvel Clube de Portugal começou por contestar o encerramento do Terreiro do Paço ao trânsito. No site do ACP está disponível um texto com a posição do clube sobre o tema, onde defendia que “com este plano a mobilidade de Lisboa sairá gravemente afetada já que passam diariamente por esta praça cerca de 78 mil viaturas, as quais terão de ser desviadas para ruas adjacentes da Baixa Pombalina (por exemplo, a Rua dos Bacalhoeiros, Rua do Arsenal, Rua do Ouro e Prata) com vias estreitas e condicionadas por novos semáforos que não irão dar vazão sendo o caos inevitável”. O ACP argumentava ainda que o plano da Câmara Municipal de Lisboa(CML) teria “custos avultados pois preconiza a alteração das linhas de elétricos o que implicará um investimento de milhões na deslocação dos carris por parte da Carris que indiretamente sairá do bolso de todos os contribuintes”. Semanas mais tarde, a 8 de janeiro de 2009, o ACP anunciou a encomenda de “um estudo sobre a mobilidade na baixa de Lisboa” e, a 9 de junho desse ano, o clube foi mais longe e entregou em tribunal uma providência cautelar contra o projeto de remodelação da CML para o Terreiro do Paço. Na altura, o “Diário de Notícias” teve acesso à providência cautelar e escreveu que a mesma visava a suspensão de eficácia “do ‘parecer’ favorável sobre o estudo prévio do Terreiro do Paço/Praça do Comércio e a ‘pronúncia’ favorável sobre o novo conceito de circulação para a Frente Tejo entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré (…)”. Segundo o presidente do ACP, Carlos Barbosa, o clube queria “evitar uma ilegalidade e evitar o caos em Lisboa”. E entre as várias “ilegalidades” constantes da providência cautelar, há algumas referentes à execução de obras. Segundo o documento, “a aprovação da CML do estudo prévio é também manifestamente ilegal a diversos títulos, dado que falta um parecer favorável do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e há violação do Plano Diretor Municipal (PDM) de Lisboa”. Atualmente, o ACP decidiu avançar com uma providência cautelar contra a medida aprovada na Câmara de Lisboa que determina o corte do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados e a redução da velocidade máxima de circulação em 10 quilómetros/hora em toda a cidade. No Fórum da TSF, Carlos Barbosa, presidente do ACP, afirmou que a providência cautelar vai ser apresentada “nos próximos dias” e classificou a medida de “idiota”, “estúpida”, “completamente irracional” e “sem pés nem cabeça”.
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