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| - A publicação em análise começa por mostrar um excerto de uma notícia do “Público”, partilhada nas redes sociais, em que se destaca: “A NASA divulgou esta semana uma gravação amplificada do som de um buraco negro”.
Logo de seguida, a informação é questionada. “Ai divulgou? É só porque o som que se ouve nas publicações que andam a ser partilhadas é a introdução da música ‘Chrononaut’ dos ‘Into the Fuzz'”, alega-se.
Vamos por partes, a notícia do “Público” é verdadeira e foi publicada no dia 23 de agosto. Nela informa-se que a NASA publicou esta semana nas suas redes sociais a gravação do som que um buraco negro emite.
“O equívoco de que não há som no espaço existe porque a maioria do espaço é um vácuo, não fornecendo nenhum meio para as ondas sonoras viajarem. Um aglomerado de galáxias tem tanto gás que captámos o som real. Aqui é amplificado e misturado com outros dados para ouvir um buraco negro“, divulgou a agência espacial norte-americana através do Twitter, no dia 21 de agosto.
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Apesar de a partilha nesta rede social ter acontecido nos últimos dias, a NASA já tinha divulgado este som em maio. Numa nota no seu site oficial, a agência espacial dava conta desta nova “sonificação remixada” de um buraco negro localizado no centro do aglomerado de galáxias de Perseus. O vídeo que acompanha o comunicado foi publicado no YouTube a 4 de maio.
Ora, é verdade que no Instagram os vídeos em que este som está a ser partilhado, tal como sucede no post do “Público”, surgem assinalados com o seguinte áudio: “Chrononaut”, do artista “Into The Fuzz”.
Esta música, tal como se refere na publicação em análise, tem uma introdução de cerca de 30 segundos em que se ouve este som de um buraco negro divulgado pela NASA. A banda norte-americana, que se identifica na sua página de Facebook como “criada com base no amor pela música pesada”, lançou este tema no dia 4 de julho, divulgando-o através do Youtube.
Fica claro que não estamos perante qualquer tipo de equívoco em relação ao áudio que a NASA revelou. No Instagram, os utilizadores estão a partilhar o som através de uma música disponível na rede social cuja introdução é precisamente este ruído de um buraco negro, extraído e adaptado à audição humana pela agência espacial norte-americana.
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