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| - “Em apoio total a Ana Gomes e ao seu desejo de ilegalização do Partido protofascista e xenófobo CHEGA, reuniram-se em Évora de emergência duas eminências pardas da luta antifascista para prepararem a estratégia e contarem as espingardas para a luta que se avizinha pela liberdade contra a opressão fascista que segundo os próprios clamam, o Chega simboliza! Camilo Mortágua, o operacional antifascista condecorado com um dos mais altos galardões políticos pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e Manuel Alegre, o ex-deputado socialista e poeta de intervenção antifascista, prometem lutar até à exaustão contra o CHEGA até à sua ilegalização e extinção, nem que para isso tenham de voltar aos bons velhos tempos de clandestinidade”, descreve-se na publicação.
Confirma-se?
Não. Questionado pelo Polígrafo, Manuel Alegre garante que a mensagem do post é “mentira”. “Não vejo o Camilo Mortágua há mais de dois anos e também não vou a Évora há muito tempo”, assegura.
Sobre a ilegalização do Chega, o antigo candidato à Presidência da República e histórico dirigente socialista sublinha ser contra a ilegalização do partido dirigido por André Ventura: “Acho um disparate. As questões políticas devem resolver-se por meio do debate político. Se evidentemente começarem a praticar atos ilegais é diferente, mas qualquer partido está sujeito a isso”.
“Sou muito amigo da Ana Gomes mas considero que não é essa a forma de enfrentar o Chega. Considero um erro político, é preciso combater politicamente o Chega. É preciso eliminar as causas que permitiram o aparecimento do Chega”, conclui.
Ana Gomes, ex-candidata às eleições presidenciais, submeteu um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) no passado mês de fevereiro solicitando a ilegalização do Chega e uma investigação ao financiamento do partido.
Citada pelo Diário de Notícias, Gomes sublinha que “o Tribunal Constitucional (TC) e o Ministério Público (MP) não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida”, pedindo à PGR que “instrua o MP a desencadear um processo de reapreciação da legalidade do Partido Chega pelo TC e de consideração da eventual extinção judicial desse partido”.
Concluímos, portanto, que a publicação partilhada no Facebook está a difundir informações falsas.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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