schema:text
| - “Quer ir viver para fora e receber mais de 21 mil euros pela mudança? Gosta de neve e da vida na montanha? Nesse caso, esta vila pitoresca na Suíça poderá ser perfeita para si“. Assim se inicia o artigo da publicação na página “Centro de Formação e Emprego” que está a circular nas redes sociais.
“A comuna de Albinen, localizada no cantão de Valais, no sul da Suíça, está a oferecer 25 mil francos (cerca de 21.500 euros) por adulto e 10 mil francos (cerca de 8.600 euros) por criança”, indica-se-se no mesmo texto. “Se tiver uma família de quatro pessoas, poderá receber 60 mil euros – já imaginou?”
Vários utilizadores do Facebook denunciaram este conteúdo como sendo falso ou enganador. Confirma-se?
Não. A informação é verdadeira e foi noticiada pela primeira vez em 2017. Segundo o jornal inglês “The Telegraph“, o objetivo do programa consistiu na repovoação da vila que contava na altura com apenas 240 habitantes. Através do incentivo monetário esperava-se que a economia da vila beneficiasse com a chegada de novas pessoas.
Cada adulto que decidisse mudar-se para Albinen receberia 25 mil francos suícos (cerca de 22 mil euros), com um adicional de 10 mil francos suíços por cada criança que levasse (cerca de 9 mil euros). Contudo, era obrigatório ter menos de 45 anos de idade e construir ou comprar uma casa no valor de, no mínimo, 200 mil francos suíços (cerca de 180 mil euros). Mais, a casa não poderia ser utilizada como destino de férias e era necessário que nela se permanecesse durante 10 ou mais anos.
No entanto, segundo noticiou o jornal “Público” em 2018, não foram na altura indicadas todas as informações por parte da autarquia de Albinen. Sendo uma delas a obrigatoriedade de possuir o visto de residência permanente (o visto C). Isto levou a que muitas das famílias candidatas não fossem abrangidas pelo programa.
Importa ainda referir que a imagem que ilustra a publicação em análise não é da vila ou comuna de Albinen, ao contrário da que ilustra este artigo de verificação de factos, essa sim correta.
***
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos;
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
|