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| - A 29 de abril, na conferência de imprensa que convocou para esclarecer os factos ocorridos desde o dia 5 de abril, depois de ler o comunicado que trazia escrito, João Galamba respondeu a diversas perguntas dos jornalistas presentes. Questionado então sobre o que antecedeu e quem validou a avocação do SIS para a “recuperação” do computador do seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou: “Eu não estava no Ministério quando aconteceu a agressão [quando Frederico Pinheiro foi ao Ministério buscar o portátil]. Liguei ao primeiro-ministro, que estava a conduzir e não atendeu, liguei ao secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro e disse que eu devia falar com o Ministério da Justiça, coisa que fiz, e disseram-me que o meu gabinete devia comunicar esses factos àquelas duas entidades [SIS e PJ]”.
Hoje, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, decorreu a audição da Ministra da Justiça sobre este tema. Após a insistência do deputado Pedro Pinto (Chega) sobre se tinha falado com João Galamba e, se sim, qual o teor da conversa, Catarina Sarmento declarou: “Eu confirmo que o senhor ministro me ligou nesse dia e o teor da conversa foi sobre a Polícia Judiciária. Foi uma conversa curta, de dois minutos, às 23.00. Só queria que eu o pusesse em contacto com a PJ. O senhor ministro estava preocupado e pretendia alertar a PJ. E como quem tem a competência é a MJ, contactou-me para que fizesse esse contacto. Foi a única pessoa com quem eu falei.”
A deputada Alma Rivera (PCP) questionou, então, a ministra da Justiça sobre de quem era a responsabilidade de chamar o SIS, ao que Catarina Sarmento respondeu: “O ministro não me pediu conselhos, pediu-me apenas para fazer o contacto, não me foi pedido nenhum conselho nem avaliação jurídica. O senhor ministro pediu-me para fazer o contacto, eu fiz, mas não me falou do SIS, apenas da PJ”.
Assim, é verdadeiro que Catarina Sarmento e Castro desmentiu o ministro das Infraestruturas sobre o facto de lhe ter indicado o SIS como organismo que devia ser chamado para assegurar a recuperação do computador de Frederico Pinheiro.
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Avaliação do Polígrafo:
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