| schema:text
| - Não é verdade que a comentarista da GloboNews Eliane Cantanhêde afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser preso por ser popular. As peças de desinformação recortam um trecho da programação da emissora de fevereiro deste ano em que a comentarista cita a opinião de fontes jurídicas contrárias à prisão do ex-presidente antes do fim das investigações sobre a suposta tentativa de golpe.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 8.000 compartilhamentos no X (ex-Twitter) até a tarde desta sexta-feira (22) e circulam também no Facebook.
Entendeu agora? Por que Bolsonaro precisa ser preso? A Globo falou tudo.
Posts nas redes têm tirado de contexto um trecho da programação da GloboNews para alegar que Eliane Cantanhêde teria defendido que Bolsonaro deveria ser preso por ser popular. No registro original, de 8 de fevereiro deste ano (veja abaixo), a jornalista reproduziu o argumento de especialistas, que defenderam que Bolsonaro não deveria ser preso preventivamente na investigação sobre a tentativa de golpe em 2022.
"Tem aquela velha história: todos os lugares levam a Roma. Nesse caso, todos os caminhos estão levando Bolsonaro para a prisão (...) Agora, hoje conversei com fontes da área jurídica e tem o seguinte: não está prevista prisão preventiva, nem prisão temporária de Jair Bolsonaro… pic.twitter.com/uldMlHIVIx— GloboNews (@GloboNews) February 9, 2024
Naquele dia, a PF havia apreendido o passaporte do ex-presidente em meio à Operação Tempus Veritatis, que mirou também outros integrantes do governo e das Forças Armadas.
Ao comentar sobre uma possível prisão preventiva ou temporária de Bolsonaro, Catanhêde diz ter consultado fontes do meio jurídico que se opuseram à ideia. Segundo elas, seria necessário passar por todo o rito processual antes de prender o ex-presidente para que a população pudesse “digerir a ideia”.
Veja abaixo a fala completa:
“Agora, atenção: hoje eu conversei com as fontes também da área jurídica e tem o seguinte: não está prevista prisão preventiva nem prisão temporária de Jair Bolsonaro, como foi, por exemplo, com o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ou com o tenente-coronel da ativa, Mauro Cid. A expectativa é de que cumpram-se todos os trâmites, toda a investigação, colham-se todas as provas e, depois de denúncia, julgamento e condenação, aí, sim, Bolsonaro preso.
Por que isso? Há todo um cuidado para não deixar nenhum fiapo de dúvida sobre as provas, sobre a ação da Justiça e do Alexandre de Moraes, particularmente. E, terceiro: para que a sociedade brasileira vá digerindo a ideia de que o Bolsonaro precisa ser preso, porque, apesar de tudo isso, ele é popular.”
O conteúdo enganoso começou a circular no contexto do indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras 36 pessoas pela Polícia Federal na última quinta-feira (21) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O caminho da apuração
Aos Fatos realizou uma busca para identificar a versão completa do comentário feito pela jornalista da GloboNews Eliane Cantanhêde e constatou que a versão que circula nas redes foi tirada de contexto. Também consultamos reportagens na imprensa para contextualizar o atual indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
|
![[RDF Data]](/fct/images/sw-rdf-blue.png)
![[cxml]](/fct/images/cxml_doc.png)
![[csv]](/fct/images/csv_doc.png)
![[text]](/fct/images/ntriples_doc.png)
![[turtle]](/fct/images/n3turtle_doc.png)
![[ld+json]](/fct/images/jsonld_doc.png)
![[rdf+json]](/fct/images/json_doc.png)
![[rdf+xml]](/fct/images/xml_doc.png)
![[atom+xml]](/fct/images/atom_doc.png)
![[html]](/fct/images/html_doc.png)