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  • No dia 7 de outubro, o Comité Nobel Norueguês anunciou que o Prémio Nobel da Paz de 2022 é atribuído a Ales Bialiatski, ativista bielorrusso, a par das organizações de defesa dos direitos humanos Memorial (Rússia) e Centro de Liberdades Civis (Ucrânia). “Os laureados representam a sociedade civil nos seus países de origem. Durante muitos anos promoveram o direito a criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos. Fizeram um esforço notável para documentar crimes de guerra, violações dos direitos humanos e abusos de poder. Em conjunto demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia“, fundamentou o Comité Nobel Norueguês, através de comunicado. Ora, no contexto do retorno da guerra à Europa, com epicentro na Ucrânia, a escolha do Prémio Nobel da Paz de 2022 motivou uma série de publicações nas redes sociais em que se recordam laureados (e nomeados) do passado. Entre os mais improváveis distinguidos sobressai o nome de Adolf Hitler, antigo líder da Alemanha Nazi, que supostamente terá sido nomeado em 1939, na véspera da II Guerra Mundial. Confirma-se? De facto, apesar da iminência da II Guerra Mundial, Hitler foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz em 1939, mediante proposta de Erik Brandt, membro do Parlamento da Suécia. O registo dessa nomeação está inscrito no arquivo da Fundação Nobel, não sem uma nota adicional: “A nomeação foi retirada no dia 1 de fevereiro de 1939 pelo autor da mesma, Erik Brandt, membro do Parlamento da Suécia que nunca pretendeu que a sua proposta fosse levada a sério.” Importa aqui ressalvar que o Comité Nobel Norueguês não pode impedir nomeações válidas, i.e., submetidas de acordo com os regulamentos (Estatutos da Fundação Nobel) por “membros das assembleias nacionais e governos nacionais (membros de gabinetes / ministros) de Estados soberanos, assim como atuais chefes de Estado”, entre outros “proponentes qualificados” (anteriores laureados com o Prémio Nobel da Paz, por exemplo) e critérios. Mas a intenção de Brandt era assumidamente irónica, tal como se descreve em artigo publicado na página do Centro Nobel da Paz, sediado em Oslo, Noruega. A história remonta a 24 de janeiro de 1939, quando 12 membros do Parlamento da Suécia nomearam o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain para o Prémio Nobel da Paz desse ano. Consideravam que Chamberlain teria assegurado a paz mundial através do “Acordo de Munique” firmado com Hitler em setembro de 1938, súmula da “política de apaziguamento” em relação à Alemanha Nazi que se traduziu na cedência à anexação alemã da Sudetenland (Região dos Sudetas) na antiga Checoslováquia. Três dias após a nomeação de Chamberlain, o já referido Brandt, membro social-democrata do Parlamento da Suécia, enviou uma carta ao Comité Nobel Norueguês com a proposta de nomeação do chanceler Adolf Hitler, da Alemanha, para o Prémio Nobel da Paz de 1939. A transcrição integral da carta está disponível na página do Centro Nobel da Paz (pode consultar aqui). Essa nomeação gerou uma vaga de protestos na Suécia, além de sucessivos cancelamentos de palestras de Brandt. O proponente da controversa nomeação dedicou-se na altura a tentar explicar a sua intenção, desde logo em entrevistas a jornais, sublinhando que era uma provocação irónica contra Hitler e o Nazismo. Na perspetiva de Brandt, devido à “traição de Munique” em que se entregou a Região dos Sudetas na Checoslováquia para anexação pela Alemanha Nazi, nem Chamberlain nem Hitler mereciam ser distinguidos com o Prémio Nobel da Paz. A nomeação de Chamberlain levou-o a avançar para a nomeação de Hitler, mas a ironia da iniciativa não foi compreendida pela generalidade dos suecos e Brandt acabou mesmo por remeter uma nova carta ao Comité Nobel Norueguês, a 1 de fevereiro de 1939, pedindo para retirar a candidatura. _____________________________ Avaliação do Polígrafo:
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