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| - “Quem estiver na praia da Linha de Cascais, cuidado que as águas certamente irão ficar contaminadas. Envio vídeo com uma descarga de águas com cheiro nauseabundo, para não dizer outra coisa”, descreve-se no post de 17 de julho no Facebook, partilhado entretanto por milhares de pessoas.
No vídeo pode ver-se aquilo que aparenta ser uma descarga de coloração esverdeada diretamente para o mar. A gravação, com cerca de 15 segundos, é acompanhada por relatos de choque e perplexidade.
O Polígrafo questionou a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) que, em resposta, explica que a situação ocorreu no dia 17 de julho, na praia do Forte da Giribita, em Paço de Arcos. Deveu-se a “uma rotura na conduta de 300 mm em fibrocimento no cruzamento da Rua Augusto Sousa Lobo, Rua das Sete Chaves, Rua Amália Rodrigues e Rua das Pias no Alto da Terrugem”. A descarga, segundo a autarquia, “continha apenas lama e água“.
Por sua vez, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já tinha sido informada sobre a situação e confirma ao Polígrafo que a ocorrência resultou de “uma rotura na rede de abastecimento de água que causou o arrastamento de lamas para a rede pluvial que descarrega na Praia da Giribita”.
“A situação foi resolvida pelos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento dos Municípios de Oeiras e Amadora (SIMAS) no próprio dia, tendo sido realizadas análises à qualidade da água, cujo resultado foi comunicado à APA, encontrando-se os valores abaixo dos limites de referência“, assegura a APA, informando também que “a Câmara Municipal de Oeiras procedeu, posteriormente, à limpeza do areal face à necessidade de remoção de eventuais vestígios no local”.
Em conclusão, o vídeo é autêntico, mas não retrata uma descarga de resíduos poluentes. Aliás, de acordo com as análises realizadas à qualidade da água, os valores estavam “abaixo dos limites de referência”. Na descrição do vídeo está a difundir-se informação falsa.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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