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  • Basta atentar às letras maiúsculas para perceber imediatamente o que está em causa: um “aviso” contra os malefícios da tecnologia “5G”. Agora o onde: as publicações nas redes sociais reproduzem um cartaz que, tendo em conta a referência à americana FCC, a Comissão Federal de Comunicações, terá sido afixado em postes algures nos Estados Unidos. “Esta é uma torre small cell 5G. Os sinais emitidos por esta torre são nocivos para os seres humanos, os animais e as plantas. A exposição prejudicial pode ocorrer até várias centenas de metros deste dispositivo”, pode ler-se na advertência, que chega a listar uma série de problemas de saúde alegadamente provocados pela tecnologia. “A exposição pode provocar: dores de cabeça, insónias, nevoeiro cognitivo, fadiga, zumbidos, problemas de visão, problemas cardíacos, sintomas gripais e problemas musculares e do sistema nervoso.” Fact Check. 5G provocou morte de pássaros na Holanda e na Grã-Bretanha? O argumento não é novo: desde que, no final de 2018, a quinta geração de tecnologia para redes móveis começou a ser implementada em todo o mundo, começaram também a surgir os alertas para os alegados malefícios do 5G para a saúde — humana e não só. Fact Check: É a cobertura 5G que está a provocar as mortes associadas ao coronavírus? Mas a verdade, garantem especialistas e organismos internacionais, é que não existe qualquer evidência científica de que este tipo de tecnologia seja de alguma forma nociva. Fact Check. Vídeo mostra remoção de torre 5G no Peru após dúvidas sobre problemas de saúde? Em fevereiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma série de perguntas e respostas sobre redes de telecomunicações 5G e saúde, em que determinava a inexistência de uma “relação causal entre os efeitos adversos para a saúde e a exposição às tecnologias sem fios”. E em que concluía o seguinte: “Desde que a exposição total se mantenha abaixo das diretrizes internacionais, não são esperados efeitos na saúde pública.” A Comissão Europeia também garante que, “seguindo todas as recomendações existentes, a implantação de redes 5G não terá um efeito negativo na saúde das pessoas”. Mais do que isso, explica mesmo que este tipo de redes é até mais seguro: “As redes 5G (e futuras 6G) usarão antenas muito menores e, portanto, níveis de exposição geralmente mais baixos em comparação com as atuais redes 2G, 3G e 4G”. “Tudo o que é novo mete medo, é o efeito da novidade”. A frase foi proferida pelo cientista Carlos Fiolhais no episódio do programa “Ciência Pop”, da Rádio Observador, em que respondeu justamente à pergunta que dá título a este Fact Check. E, não, garantiu o doutorado em Física Teórica pela Universidade Goethe e professor catedrático de Física na Universidade de Coimbra, o 5G não é prejudicial à saúde. Tal como não eram nocivos os G’s que o antecederam — é que, na verdade, a diferença entre uns e outros nem sequer será assim tão grande. “O 4G, o 5G e, antes disso, o 2G e 3G, são gerações; são fases de concretização de tecnologia. E a diferença entre elas basicamente é uma diminuição do comprimento de onda, o que significa aumento das frequências”, explicou o cientista, para depois prosseguir. “Mas qual é a diferença? Do 4G para o 5G, por exemplo? Ao passar de uma geração para a outra, ao diminuir o comprimento de onda, conseguimos empacotar mais informação, o que significa que estas versões são mais rápidas e vamos ter uma banda muito mais larga. Com o 5G, muito mais do que com o 4G, é possível descarregar imediatamente ficheiros enormes, visualizar imediatamente filmes, e até entrar nessas coisas novas, como realidade virtual, realidade aumentada, e sem perder qualidade.” Todas as ondas utilizadas nas comunicações móveis são microondas, explicou o cientista, “uma forma de luz invisível que pode ter entre 1 metro e 1 milímetro e se distingue das ondas de rádio e dos infravermelhos apenas pelo seu comprimento; o que significa que às que têm acima de um metro chamamos ondas de rádio, e as que têm um comprimento de onda mais baixo que 1 milímetro são infravermelhos, aquela luz que permite ver no escuro”. Dentro do espectro eletromagnético, acrescentou ainda Carlos Fiolhais, estes três tipos de ondas têm outra coisa em comum: não são perigosas. “A informação reunida — e há muitos organismos credíveis e instituições científicas a trabalhar sobre isso — conduz à conclusão de que não existe perigo na utilização que hoje fazemos delas.” “Podem, no máximo, provocar algum aquecimento; sabemos que os infravermelhos aquecem. Mas as radiações perigosas estão do outro lado da luz visível”, continuou a explicar o cientista. “São, designadamente, a luz ultravioleta (daí o medo todo com o buraco do ozono); os raio-X, que são ionizantes, o que significa que prejudicam as moléculas, arrancando os eletrões; e, ainda pior, os raios gama, que são de um comprimento de onda muito curto e provêm do núcleo atómico. Estas são muito perigosas, às outras não se encontram perigos conhecidos, o que significa que podem ser usadas.” Conclusão Não há qualquer evidência científica de que a tecnologia 5G seja prejudicial para a saúde — de humanos, animais ou plantas. O consenso científico, plasmado nas orientações de reguladores como Organização Mundial da Saúde ou Comissão Europeia, que chega, aliás, a considerar estas redes mais seguras do que as suas antecessoras, aponta exatamente para o contrário: “Até à data, e após muita investigação, não foi estabelecida qualquer relação causal entre a exposição às tecnologias sem fios e os efeitos adversos para a saúde.” Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO De acordo com o sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook.
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