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| - A escritora J. K. Rowling viajava de comboio entre Manchester e Londres. Sem que nada o fizesse prever, teve a ideia de criar “Harry Potter”. “A pedra filosofal” demorou sete anos a chegar às livrarias, mais do que o tempo que foi necessário para que a escritora deixasse a crise financeira que atravessava e voasse até outro mundo, o da riqueza extrema. Uma história inspiradora que, mais de vinte anos depois, continua a dar sinais de vida e provas de que, em alguns jogos, ainda há quem não se esqueça da casa de onde partiu.
Isso mesmo revela um meme que circula, sobretudo, no Facebook, que diz: “Perdeu o seu estatuto de milionária. A autora de Harry Potter, J. K. Rowling, é a primeira multimilionária a cair da lista da revista Forbes, por causa das doações que fez para a caridade: ‘Tem-se a responsabilidade moral quando se recebe mais do que se precisa, de fazer coisas sensatas com o dinheiro,e usá-lo de forma inteligente’”.
Parece mentira, mas é verdade. O site de verificação de notícias “Politifact” avança que, em 2011, a revista Forbes estimou a fortuna de Rowling em 890 milhões de Euros, valor que resultou, sobretudo, das receitas dos livros e dos filmes de Harry Potter. Um ano mais tarde, a autora doou cerca de 142 milhões de euros para a caridade, altruísmo que a fez sair da lista dos mais ricos do mundo, da revista “Forbes”.
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O valor doado é grande, mas divide-se por várias instituições, por exemplo, uma associação de apoio a doentes com esclerose múltipla, uma instituição de tratamento de cancro e os Médicos sem Fronteiras. Além disso, a britânica de 53 anos fundou uma associação, conhecida como Lumos, que trabalha para pôr fim à institucionalização de crianças por toda a Europa, ajudando-as a encontrar lugares mais dignos para viverem.
Porém, a caridade, só por si, não explica a saída do top dos multimilionários. Na altura, a Forbes explicou que o elevado nível de impostos, no Reino Unido, também contribuiu para a retirada da lista.
J. K. Rowling continua, em 2019, fora da lista. Ainda assim, só no ano passado faturou 48 milhões de euros. É autora da série literária mais vendida de sempre: cerca de 400 milhões de cópias. É certo que está mais pobre do que era, porém, deixou bastante enriquecidos muitos dos que mais precisam.
A reflexão, no meme, atribuída à escritora, sobre a responsabilidade na gestão de uma fortuna, é completamente verdadeira: aparece num artigo do jornal “The Telegraph”, datado de 2011.
Duvidoso – aliás, falso – é o facto de a autora britânica ser percursora de um episódio deste género. J. K. Rowling não foi a primeira a sair da lista por estes motivos. Jon Huntsman, empresário norte-americano da área química, saltou da lista devido a doações para a própria fundação, de apoio ao cancro, acabando, depois, por voltar aos lugares de destaque no ranking.
J. K. Rowling continua, em 2019, fora da lista. Ainda assim, só no ano passado faturou 48 milhões de euros. É autora da série literária mais vendida de sempre: cerca de 400 milhões de cópias. É certo que está mais pobre do que era, porém, deixou bastante enriquecidos muitos dos que mais precisam.
Avaliação do Polígrafo:
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