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| - Um publicação nas redes sociais sugere que viaturas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foram abatidas apesar de, alegadamente, e segundo a partilha no Facebook, “fazerem falta à GNR, PSP, bombeiros e associações”.
A partilha em causa acusa ainda o Estado de “não reaproveitar os meios existentes no antigo SEF” para outros serviços como GNR, PSP e bombeiros, que, segundo o utilizador da rede social, “têm viaturas a circular em muito pior estado e aceitariam de bom grado estes veículos”.
Em resposta ao Observador, o SEF justificou que tem uma frota de 320 viaturas e que estas “têm uma idade média superior a 14 anos de serviço e muitos quilómetros acumulados”. Assim, o serviço de segurança explicou que, “apesar de cuidadas e aparentemente preservadas, [as viaturas têm um] enorme desgaste, nomeadamente nos sistemas de motorização”.
“De forma a reduzir as elevadas despesas em conservação, manutenção e reparação, o SEF procedeu, em 2021, ao abate de várias viaturas, tendo optado pelo abate daquelas que apresentavam maiores despesas de manutenção e reparação e, dentro destas, as que obrigavam a despesa muito acima do valor comercial”, pode ler-se na nota, onde é referido que as viaturas em causa “estavam avariadas e tinham um orçamento de reparação muito elevado face ao seu reduzido valor comercial”.
Apesar da decisão do SEF de abater as viaturas, foram “retirados os equipamentos específicos do serviço de segurança antes da sua entrega”.
“Entretanto, as viaturas abatidas foram devidamente substituídas por 14 novas viaturas que o SEF recebeu, em 2021, ao abrigo da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança. É importante frisar que, para que possa ser realizada a distribuição de novas viaturas, é imperativo legal proceder ao abate em número correspondente, nos termos do artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 84/2019, de 28 de junho”, realçou o SEF na nota enviada ao Observador.
Conclusão
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) procedeu, de facto, ao abate de algumas viaturas em 2021. Contudo, as alegadas razões sugeridas na publicação do Facebook não podem ser consideradas verdadeiras, tendo em conta que os veículos tinham, segundo a nota enviada ao Observador, “um enorme desgaste” e “obrigavam a despesa muito acima do valor comercial”, o que levou o serviço de segurança a optar pelo abate. Assim, ao contrário do que era dito pelo utilizador do Facebook, as viaturas não podiam ser reaproveitadas para a GNR, a PSP ou bombeiros por não estarem nas condições consideradas necessárias.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ENGANADOR
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
PARCIALMENTE FALSO: as alegações dos conteúdos são uma mistura de factos precisos e imprecisos ou a principal alegação é enganadora ou está incompleta.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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