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  • É mentira que tratamentos contra o câncer como a quimioterapia e a radioterapia são ineficazes, e que as cirurgias contra a doença sejam mutilações. As alegações enganosas disseminadas em vídeo que circula nas redes foram desmentidas por diversas entidades, como a SBC (Sociedade Brasileira de Cancerologia), a SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), o Inca (Instituto Nacional de Câncer) e o Instituto Vencer o Câncer. As peças enganosas acumulavam 35 mil curtidas no Instagram e milhares de visualizações no Tik Tok até a tarde desta quinta-feira (6). Quimioterapia é veneno. 2% resolve. Judia da pessoa. A pessoa morre pela quimioterapia, não pelo câncer. Segundo caso, radioterapia, radioativo mata as células normais e as células tumorais, mas deixa sequelas. E a cirurgia, que é mutilação. Posts nas redes têm difundido um vídeo em que o dentista Luis Augusto Conrado faz uma série de afirmações mentirosas sobre tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia, a radioterapia e as cirurgias de remoção de tumores. As alegações enganosas de Conrado foram desmentidas por oncologistas e entidades de combate ao câncer. Quimioterapia. No início do vídeo, Conrado engana ao afirmar que a quimioterapia cura apenas 2% dos casos, o que foi classificado como inverídico pela SBC. “Não se faz quimioterapia se o benefício é inferior a 5%. A grande maioria dos protocolos tem, inclusive, eficácia muito superior a isto. Em câncer de intestino, é de 20-25%. Em linfomas e leucemias, a chance de cura com quimioterapia pode ultrapassar 85%”, disse a entidade. A oncologista Maria Alzira Rocha, integrante do instituto Vencer o Câncer, ressaltou ao Aos Fatos que o percentual de eficácia da quimioterapia depende das características de cada indivíduo, o que é estudado previamente. A quimioterapia consiste no uso de medicamentos que agem ao interromper o ciclo celular. Isso acontece principalmente nas células malignas, mas alguns tipos de células normais do corpo que se multiplicam rápido também podem sofrer efeitos indesejados. Esses efeitos são mitigados por outros fármacos e tratamentos complementares. O oncologista Gélcio Mendes, chefe do setor de assistência do Inca afirmou que os medicamentos quimioterápicos diminuem o risco de recidiva — retorno da doença — e morte depois da cirurgia, como nos cânceres de pulmão, estômago, cólon e mama. “No caso do câncer de mama, o uso de quimioterapia pode reduzir em quase 40% o risco da doença retornar, aumentando consideravelmente as chances de cura”, afirmou o oncologista Cristiano Resende, diretor da SBOC. A SBC afirmou ainda que a quimioterapia não mata quando bem administrada por profissional habilitado e em serviços de alta complexidade de qualidade, o que foi corroborado por Mendes. O oncologista afirmou que os óbitos causados pela quimioterapia são muito raros. Radioterapia. Na sequência do vídeo, o dentista omite os benefícios da radioterapia ao dizer que o tratamento mata tanto as células normais quanto as tumorais. Se a radioterapia for realizada de forma errada, e liberar radiação excessiva nas células normais, haverá, de fato, danos ao tecido composto por essas células. No entanto, as técnicas atuais permitem que os aparelhos liberem a radiação de forma concentrada no tumor. Isso faz com que os tecidos e órgãos vizinhos sejam poupados. “O tratamento com radioterapia é bastante seguro graças a equipamentos modernos e a inteligência de programas de computador”, afirmou o oncologista Robson Ferrigno, coordenador dos Serviços de Radioterapia do Hospital Beneficência Portuguesa e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer. Cirurgias. Na última parte do vídeo, o dentista classifica as cirurgias oncológicas como mutilações, o que é equivocado, segundo entidades e especialistas consultados pelo Aos Fatos. “O princípio básico da cirurgia oncológica é remover o tumor por completo com margens de segurança, e o paciente pode necessitar de cuidados após os procedimentos”, disse a SBC. O oncologista Gélcio Mendes afirma ainda que as cirurgias têm diminuído a agressão sobre o organismo, permitindo a preservação dos órgãos e limitando as sequelas tardias. Já Maria Alzira Rocha lembra que as cirurgias, a exemplo da feita em mamas afetadas pelo câncer, não retiram uma parte funcional do corpo do paciente, e sim o protege daquela lesão se espalhar e afetar outros tecidos e órgãos. “O câncer de intestino grosso pode, por exemplo, ser submetido a retirada cirúrgica de parte do órgão, mas mantendo o restante que garante o funcionamento habitual sem comprometimento da qualidade de vida do paciente”, afirmou o oncologista Cristiano Resende. Aos Fatos tentou contato com o dentista Luis Augusto Conrado, que não retornou até a publicação desta checagem. O caminho da apuração Aos Fatos consultou especialistas e entidades de combate ao câncer que refutaram as declarações enganosas do dentista Luis Augusto Conrado sobre a doença.
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