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| - “Não é a todo o custo. Nós temos estado a reduzir o défice, não obstante o conjunto de medidas extraordinárias que adotámos em todo o ano de 2022 para responder ao impacto da crise”, começou por argumentar o primeiro-ministro António Costa, na entrevista à RTP, a 30 de janeiro.
“O controlo do défice é fundamental para a redução da dívida. E porque é que é muito importante a redução da dívida? Não é só – e já seria muito importante – para libertar as gerações futuras desse encargo. É também porque, se a subida da taxa de juro não é maior do que aquela que está a ser, é porque a dívida vai baixando e a credibilidade da República vai aumentando”, prosseguiu.
“Não é só o crescimento económico que nos permitiu ter capacidade desta resposta que demos, é que estamos hoje a gastar menos dois mil milhões de euros por ano em serviço da dívida do que gastávamos em 2015. É essa poupança que nos permite, por exemplo, que o orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) seja hoje 56% superior ao que existia em 2015. Agora imagine qual seria o estado do SNS se ao longo destes sete anos não tivéssemos aumentado em 56% o investimento, se não tivéssemos aumentado em 25% os recursos humanos”, declarou.
Confirma-se que “o orçamento do SNS é 56% superior ao que existia em 2015”?
De facto, no âmbito do Orçamento do Estado para 2015 registou-se um total de cerca de 7.877 milhões de euros em transferências para o SNS.
Entretanto, no Orçamento do Estado para 2023 está inscrito um total de cerca de 12.297 milhões de euros em transferências para o SNS.
A confirmar-se a execução deste valor, representa um aumento nominal de 1.868 milhões de euros face a 2021, de 3.269 milhões de euros face a 2019 e de 4.420 milhões face a 2015.
Neste último caso, mais cerca de 56,11%, o que confirma a veracidade da alegação do primeiro-ministro.
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Avaliação do Polígrafo:
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