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  • Não é recente o vídeo que mostra um homem orientando militares em um ginásio nem tem relação com “soldados da reserva convocados e já a postos para o enfrentamento”, como afirmam postagens nas redes sociais. As imagens foram gravadas em 2017 e mostram o general Eliéser Girão Monteiro, então secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, falando a soldados do Exército convocados para atuar no combate a crimes no estado durante greve de policiais militares. Até esta terça-feira (06), a publicação com o conteúdo desinformativo acumulava 197,8 mil visualizações e 7.500 compartilhamentos no Facebook e 227,4 mi visualizações e 29 mil curtidas no Kwai. A postagem também circula no TikTok, no qual já ultrapassa 87 mil visualizações e 11 mil curtidas. Soldados da reserva convocados e já apostos para o enfrentamento Um vídeo que mostra soldados do Exército batendo continência a um homem após uma palestra circula fora de contexto com a legenda “convocados e já a postos para o enfrentamento”, como se fosse atual. Na verdade, as imagens foram gravadas em 30 de dezembro de 2017, em um ginásio de Mossoró (RN), e mostra a recepção de tropas das Forças Armadas pelo então Secretário de Segurança Pública, Eliéser Girão Monteiro, hoje deputado federal pelo PL-RN. Os soldados foram convocados para atuar na segurança do estado durante a greve dos policiais militares, que elevou a taxa de crimes violentos letais na região. O governo federal enviou 2.800 militares para atuar principalmente nas regiões de Natal e Mossoró. Em 13 dias, a paralisação das polícias no Rio Grande do Norte gerou 94 mortes violentas no estado, sendo 17 delas às vésperas da virada de ano, na sexta-feira (29), segundo o Observatório da Violência Letal Intencional. No vídeo que circula nas redes sociais, foi adicionada uma voz distorcida com as frases “Não há volta. Nossa primeira missão é erradicar do Brasil todas as facções criminosas. Missão dada é missão cumprida”. Essas frases não constam no vídeo original, veiculado no YouTube pelo jornalista Bruno Giovanni. Desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição deste ano, apoiadores dele têm compartilhado vídeos do presidente e de militares fora de contexto para sugerir uma ação golpista das Forças Armadas para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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