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| - Alega-se, no Facebook, que, nos primeiros momentos após o seu regresso à Casa Branca, o 47.º Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva “que proíbe o mês do orgulho gay“. A informação, na publicação em causa com data de 24 de janeiro, surge em formato “de última hora”, como se se tratasse de uma notificação de uma notícia.
Nos comentários ao post em análise, um utilizador levanta o véu para a potencial desinformação partilhada: “Mas ele não o fez, um segundo de pesquisa no Google mostra que isso é falso.”
Se é verdade que desde a sua tomada de posse, a 20 de janeiro, Trump assinou dezenas de ordens executivas, muitas delas que levantaram enorme polémica entre norte-americanos e a comunidade internacional, não deixa de ser falso que o tenha feito para banir o mês do orgulho gay, que se celebra em junho.
Até à publicação deste Fact Check, não havia notícias a dar conta, ou até mesmo a antecipar tal decisão. O republicano também não assinou uma ordem que proibisse este evento anual, informação que pode ser verificada no arquivo de “ações presidenciais” no site da Casa Branca.
A Reuters, que realizou esta verificação de factos, contactou a Casa Branca, mas a administração Trump não quis prestar qualquer comentário sobre o tema.
Não obstante esta falsa ordem executiva, o Presidente dos EUA assinou diversas decisões que incluem, por exemplo, banir o “extremismo de género” nas Forças Armadas do país, algo que poderá afastar as pessoas transgénero de servir no exército norte-americano.
Trump assina decreto contra “extremismo de género” nas forças armadas dos EUA
Nessa ordem executiva, Trump afirma que os militares das Forças Armadas que se identificam com um género diferente do biológico “entram em conflito com o compromisso de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”.
Um dos grandes objetivos da administração Trump, expresso durante a campanha e posto em prática logo nas primeiras horas de regresso ao poder, é o de reverter várias das políticas de diversidade, igualdade e inclusão adotadas pelo ex-presidente, Joe Biden.
Dois sexos, fim do ‘X’ no passaporte e “tirar os homens dos desportos femininos”. Trump avança com agenda contra “extremismos de género”
Com base na ideia de que há apenas dois sexos — e não géneros —, o Presidente norte-americano instruiu várias agências governamentais — como o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna — para que retirassem a opção “não-binária” ou “outra” dos documentos federais.
Conclusão
Não há, pelo menos para já, indícios de que Trump se prepare para “banir” o mês de celebração do orgulho gay nos EUA. O republicano assinou dezenas de ordens executivas dirigidas à comunidade LGBT, visando principalmente pessoas transgénero, mas não se referiu diretamente à supressão de qualquer data comemorativa referente à causa.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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