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| - “13 crianças foram vítimas das vacinas Covid-19 numa escola na África do Sul e sem cobertura dos media, apenas publicações no Instagram, mas que continuam apagadas e censuradas pela BigTech”, afirma o tweet, publicado no dia 31 de outubro.
Será mesmo assim?
Este vídeo não é atual nem está relacionado com as vacinas contra o novo coronarívus. As plataformas de fact-checking “Maldita”, “Correctiv”, a Agence France-Presse (AFP) e a Agência Lupa já verificaram este conteúdo.
As crianças do vídeo morreram durante um tumulto na escola primária da cidade de Kakamega, no Quénia, no dia 3 de fevereiro de 2020, ou seja, antes de serem desenvolvidas as vacinas contra a Covid-19.
Tal como foi noticiado na altura pela NTV Kenya e pela BBC, o incidente ocorreu quando a campainha tocou para assinalar o fim das aulas. Catorze crianças, entre os 10 e os 12 anos, morreram e outras 40 ficaram feridas. De acordo com o jornal queniano “The Standard”, a escada estreita do terceiro andar da escola partiu, o que fez com que os alunos tropeçassem e caíssem uns em cima dos outros quando tentavam sair do edifício.
No Quénia, até o momento, apenas 5,02% da população está completamente vacinada, de acordo com os dados do “Our World in Data”, da Universidade de Oxford. Além disso, segundo um documento oficial do governo, a imunização contra a Covid-19 no país está restrita a maiores de 18 anos.
O vídeo em questão foi anteriormente utilizado também para espalhar desinformação. Já tinha sido partilhada uma publicação onde se afirmava que as crianças tinham morrido por comerem doces envenenados numa festa de aniversário que celebraram na escola, algo que foi desmentido pela equipa “Les Observateurs” do France 24.
Além disso, alegou-se também que as crianças tinham morrido num ataque com gás na Zâmbia. Este conteúdo foi classificado como falso pela AFP.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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