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| - “A faturação do Banco do Vaticano é de 77,7 triliões de dólares por ano! Você viu alguma doação do Papa?”. Esta é a mensagem da publicação que já acumula mais de 2.400 partilhas no Facebook.
Verdade ou mentira?
No último balanço de contas publicado pelo Instituto de Obras de Religião (IOR), datado de 11 de junho de 2019, destaca-se que em 2018 se serviram 14.953 clientes, representando 5 milhões de euros de recursos financeiros, do quais 3,2 milhões dizem respeito a “poupanças e valores depositados.”
Nesse mesmo ano, o IOR “alcançou um resultado líquido de 17,5 milhões de euros (31,9 milhões em 2017), apesar da forte turbulência dos mercados durante o ano e a persistência das taxas de juros ainda muito baixas”, sublinhando-se que, “num processo de otimização de custos”, esse montante foi reduzido para “16 milhões de euros (18,7 milhões em 2017)”.
O valor de 71,5 triliões de euros (ou 77,7 triliões de dólares como indicado na publicação) não está presente em nenhum balanço de contas publicado pelo IOR. Aliás, e de acordo com o que se afirma neste comunicado, o Banco do Vaticano terá sofrido uma quebra de lucros de 14,4 milhões de euros face ao ano de 2017.
Também não é verdade que o Papa não tenha feito doações na sequência da pandemia do coronavírus. No dia 11 de março, o Papa Francisco doou 100 mil euros à Caritas italiana para ajudar no combate ao surto. No dia 26 de março, contribuiu com mais 30 ventiladores, destinados a hospitais espanhóis e italianos.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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